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05 de outubro, de 2022 | 15:00

O que esperar do e-commerce brasileiro?

Jefferson Araújo *

2022 tem sido um ano de inúmeros desafios para o e-commerce, sobretudo, neste segundo semestre. Marcado por grandes eventos, teremos nos próximos meses Copa do Mundo, eleição presidencial, Black Friday e Natal, datas significativas que impactam diretamente o comportamento do consumidor brasileiro e, principalmente, o cenário macroeconômico.

De fato, os anos eleitorais tendem a causar mais volatilidade no mercado financeiro, ao passo que a incerteza das eleições impacta negativamente o desempenho da bolsa de valores. Além disso, as movimentações tornam-se mais tensas e pragmáticas, afinal a venda de ações ocorre a partir da precificação do futuro. Fatores como política econômica, juros, dívida pública e inflação refletem o desempenho do mercado como um todo e, consequentemente, há a possibilidade de inúmeras variações em curto prazo. Basicamente, é um período em que o mercado reage conforme a expectativa e os seus respectivos reflexos que o possível candidato pode causar para o desenvolvimento econômico.

Esta instabilidade política faz com que empresários, investidores, empreendedores e cidadãos comuns tomem mais cuidado com algumas decisões e coloquem mais elementos na balança em relação ao dinheiro.

“Custo do frete, aumento dos juros e
endividamento familiar poderão impactar
diretamente o comércio eletrônico brasileiro”


Porém, falando em e-commerce, quais são as reais expectativas de faturamento neste segundo semestre? De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), espera-se um faturamento de R$ 91,5 bilhões em vendas. Lembrando que, caso este valor se cumpra, 2022 deve terminar com R? 165 bilhões em faturamento para o setor, o que ultrapassa os R$ 150,8 bilhões registrados pela instituição em 2021.

Alguns fatores como custo do frete, aumento dos juros e endividamento familiar poderão impactar diretamente o comércio eletrônico brasileiro, uma vez que há uma baixa e restrita confiança por parte do consumidor, principalmente com relação ao atual momento econômico.

Embora o cenário para as empresas varejistas deva permanecer desafiador no curto prazo, a consolidação do e-commerce em 2021 tornou o setor muito mais estruturado e atento às novas tendências e exigências do consumidor. O atual cliente visa uma experiência de compra satisfatória e memorável, por isso as marcas que investirem em canais omnichannel, pós-venda e live commerces, estarão à frente da concorrência e terão mais chances de fidelizá-lo em um ano tão atípico.

Desafios e oportunidades não faltarão para o e-commerce. A digitalização do varejo, aliada à disputa pela entrega mais rápida e mais barata, farão toda a diferença nos próximos meses.

* CEO da Showkase, plataforma inovadora de Social Commerce que transforma vendedores em consultores e possibilita as empresas a terem uma melhor relação com seus clientes no processo de venda e satisfação

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