06 de outubro, de 2022 | 09:14

Justiça concede habeas corpus para acusados de homicídio no Residencial Bethânia

O pastor evangélico J.S.S., de 38, e o bombeiro militar aposentado, C.R.S., de 56 anos, estavam presos desde o dia 12 de agosto

Os dois acusados do assassinato do mototaxista Deivison Rubens Andrade Viana, de 28 anos, aguardam em liberdade o trâmite do processo. O pastor evangélico J.S.S., de 38, e o bombeiro militar aposentado, C.R.S., de 56 anos, estavam presos desde o dia 12 de agosto após a prisão em flagrante do crime ocorrido dois dias antes, contudo, ganharam liberdade concedida pela Justiça no dia 22 de setembro.

A defesa do pastor entrou com um pedido de habeas corpus, cuja decisão foi acatada pelo juiz João Paulo Júnior, titular da Vara de Execuções Penais, de Precatórios Criminais e do Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga. O Diário do Aço teve acesso à sentença que revogou a prisão preventiva decretada durante a audiência de custódia de J. e também do bombeiro aposentado.

“Considerando a decisão exarada no acórdão que concedeu a soltura do denunciado J., entendo, por bem, conceder o efeito extensivo da referida decisão ao investigado C.R.S., posto que os fundamentos da decisão de decretação preventiva são os mesmos”, decidiu o magistrado que determinou a soltura imediata dos dois acusados.

O subtenente dos bombeiros C.R. estava recolhido ao 11º Batalhão da Polícia Militar, em Manhuaçu, conforme apurou o Diário do Aço, e foi solto no dia 29 de setembro. Já o pastor J.S. se encontrava preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Ipatinga e ganhou liberdade no dia 22 de setembro.

J.S.S. foi preso pela Polícia Militar na noite de quinta-feira (11) no bairro Iguaçu, em Ipatinga, por uma equipe da Polícia Militar. O motivo para matar o mototaxista, que era conhecido como Ponte Nova, seria por causa de uma dívida, inclusive a vítima ameaçava matar a família do pastor.

Em seguida, as investigações da equipe da delegada Talita Martins, levaram ao segundo suspeito, o bombeiro aposentado dono de um Fiat Stilo de cor prata, veículo usado para atropelar a vítima no Residencial Bethânia, em Santana do Paraíso, cujo pedaço do para-choque ficou caído no local do crime.

Os dois, segundo a Polícia Civil, combinaram atrair Deivison para o Residencial Bethânia, onde aconteceu o crime em uma emboscada. A vítima tinha passagens policiais na região de Ponte Nova, na zona da Mata Mineira, e por isso o apelido relacionado ao nome daquela cidade.

Consta no processo que, após atropelar Devison, o bombeiro desembarcou do carro e teria tentado matar a vítima a tiros, contudo a arma travou depois do segundo disparo. Eles entraram em luta corporal. Ponte Nova foi agredido com golpes da coronha da arma e ainda recebeu golpes de faca que teriam sido desferidos pelo pastor. A faca estaria entre os pertences da vítima.

Já publicado:
MPMG denuncia acusados de homicídio no residencial Bethânia