06 de outubro, de 2022 | 17:00

Bolsonaro explica 'contingenciamento' de dinheiro na educação

Marcos Corrêa/PR
Bolsonaro: 'Não é corte, chama-se contingenciamento'Bolsonaro: 'Não é corte, chama-se contingenciamento'

Questionado por jornalistas nesta quinta-feira, acerca do corte de verbas que passam de R$ 2 bilhões da educação, fato que ameaça parar universidades e institutos federais em todo o país, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, afirmou que se trata de uma "pequena parcela" de pagamento que foi adiada.

"Não é corte, chama-se contingenciamento. O que foi adiado é uma pequena parcela. O orçamento para Educação é quase R$ 1 bilhão, superou o do ano passado", afirmou.

Os bloqueios orçamentários ao longo do ano, segundo governo, visam atender à regra do teto de gastos, pela qual as despesas da União não podem superar a inflação do ano anterior.

O contingenciamento citado pelo presidente ocorreu dois dias antes do primeiro turno das eleições, em 2 de outubro. A cifra de R$ 2,4 bilhões, que foram bloqueados este ano pode impactar na oferta de bolsas para alunos mais carentes, destinadas à pesquisa, extensão e atividades essenciais para o funcionamento das instituições, como fornecimento de água, energia elétrica, limpeza e segurança.

O Ministério da Educação e Cultura prevê para 2023 um orçamento com R$ 300 milhões a menos em relação ao dinheiro disponibilizado neste ano para os institutos federais. Reitores afirmam que os cortes de verba têm aumentado nos últimos seis anos.

A previsão de orçamento desse setor para o próximo ano é de R$ 2,1 bilhões. Na comparação com os últimos dez anos, o orçamento previsto para 2023 só não será menor do que o de 2021 —que ficou em R$ 2,08 bilhões com a correção pelo IPCA.

Também questionado acerca do assunto, o ministro da Educação, Victor Godoy, negou que haja um corte nos institutos federais de educação e acusou reitores de universidades de estarem "fazendo política" com as acusações.

Godoy alegou hoje que houve uma "limitação da movimentação" do dinheiro ao longo dos próximos meses e que é isso "normal". Parte do montante referente ao Ministério da Educação deve ser recomposta em dezembro.
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Comentários

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Lu Magalhães.

07 de outubro, 2022 | 08:23

“Kkkkk isso é só uma pequena amostra do que nos espera no futuro kkkk”

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