07 de outubro, de 2022 | 09:20

Mulher condenada por homicídio em 1997 em Ipaba é localizada no Espírito Santo

Reprodução
Processo tramitava no fórum de Ipatinga há 25 anos Processo tramitava no fórum de Ipatinga há 25 anos

A Polícia Militar do Espírito Santo realizou a prisão de Maria das Graças Ferreira, de 63 anos, no município de Pancas. Ela foi presa mediante um mandado de prisão de uma condenação de homicídio praticado em 1997 na zona rural de Ipaba. Na época, Júlio Lourenço de Souza, de 38 anos, foi morto a golpes de madeira.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o crime foi cometido no dia 28 de dezembro de 1997, na ilha do Ruy, à margem do rio Doce. Maria das Graças teria se armado com um pedaço de madeira e desferido os golpes de madeira em Júlio após um desentendimento de casal.

O motivo da discussão seria o furto de uma marmita de um comerciante. Júlio não gostou da suposta atitude de companheira e se apoderou de duas panelas de Maria das Graças e iria entregar para o tal comerciante para ressarci-lo do prejuízo.

Assim que Júlio já se encontrava à margem do rio, para embarcar em um bote, levando as panelas para o comerciante, ele teria sido surpreendido pela companheira pelas costas. A mulher aproveitou-se que o homem estava abaixado para atingir uma “porretada” na cabeça da vítima, que caiu no rio. O laudo do IML indicou que a morte foi afogamento com traumatismo crânio-encefálico (TCE).

A acusada iria ser julgada em abril de 2002, mas naquela época só se podia ter a Sessão do Tribunal do Júri com a presença da ré e ela não compareceu ao julgamento. Houve o cancelamento e o então juiz da Vara Criminal, Ronaldo Claret de Moraes, decretou a prisão de Maria das Graças, considerada foragida.

Com a mudança da lei, a acusada Maria das Graças foi levada a julgamento em 14 de junho de 2011. Ela foi condenada a 12 anos de prisão por homicídio qualificado (mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) pelo juiz Antônio Augusto Calaes de Oliveira. O promotor Francisco de Assis Santiago representou o Ministério Público e o advogado Eliseu Borges Brasil defendeu a ré, que não estava presente à seção. Naquela data, a localização da mulher era incerta.

Prisão

Maria da Graças foi presa mediante o mandado de prisão na rua Amazonas, em Pancas, município vizinho a Colatina no noroeste do Espírito Santo. Houve trocas de informações entre as Polícias Militar de Minas Gerais e do Espírito Santo, conforme o Ministério Público de Minas Gerais.

Ela foi encontrada no fim da tarde quarta-feira (5) e encaminhada para a 15ª Delegacia Regional de Colatina, onde ficou à disposição da Justiça, segundo informou o promotor Jonas Júnio Linhares Costa Monteiro, da 11ª Promotoria de Justiça, ao Diário do Aço.
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Comentários

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Eu

07 de outubro, 2022 | 16:41

“Cometeu crime em MG? ES espera vc...”

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