08 de outubro, de 2022 | 15:00

Eleição presidencial: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come

Júlio César Cardoso *

A eleição presidencial está assim: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. E agora? Entre procelas e tempestades de ambos os lados, não podemos esquecer que o país se ressente fortemente das atitudes desumanas e debochadas do presidente Bolsonaro em relação ao coronavírus. Muitas mortes poderiam ter sido evitadas não fosse a flagrante negligência presidencial na tomada de decisões. E isso tem que ser cobrado, sim, do senhor Jair Bolsonaro.

Os defeitos e erros de Lula podem ser relativizados pelo mau comportamento ético e autocrático de quem não respeita a liturgia do cargo, ataca jornalistas, ofende as instituições, como o STF/TSE, e não combateu a corrupção, como havia prometido.

Tanto Bolsonaro quanto Lula são duas figuras populistas que não pensam a médio e longo prazo, incompetentes e com defeitos insanáveis.

Lula só não está preso por decisão questionável do STF, que, no entanto, não o absolveu das acusações que lhe são imputadas. Bolsonaro, por seu turno, devia estar preso por seu negacionismo à pandemia, e é responsável, sim, pela morte de muita gente.

“Tanto Bolsonaro quanto Lula são duas figuras
populistas que não pensam a médio e longo prazo,
incompetentes e com defeitos insanáveis”


Lula é acusado de corrupção. Bolsonaro também é acusado de corrupção: MEC, onde barra de ouro fazia parte de propina negociada por pastores; Covaxin, vacina indiana negociada por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciada pelo próprio fabricante; Bolsonaro trouxe o Centrão corrupto para dentro de seu governo; Bolsonaro interfere para que a suspeita de corrupção de seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), nas rachadinhas da Alerj, não seja apurada; Bolsonaro não justificou, até agora, como a sua família adquiriu 51 imóveis, pagos parcial ou totalmente em dinheiro vivo.

No meu ponto de vista, Jair Bolsonaro jamais mudará o seu modus operandi de agir. Ao contrário, Lula, com a adesão do ex-governador Geraldo Alckmin, não incorrerá nos equívocos políticos, que o levaram à prisão.

Estamos diante do dilema do segundo turno nas eleições presidenciais no Brasil, e caberá ao eleitor decidir quem será o melhor candidato para presidir o país.

* Servidor federal aposentado / Balneário Camboriú (SC)

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Comentários

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Gildázio Garcia Vitor

09 de outubro, 2022 | 09:28

“Excelente análise! Parabéns! Apesar dos pesares, neste momento, não dá é para se abster do Dever de Cidadão - e do Estado Democrático (e) de Direito - e/ou ficar em cima do muro.
Que vença o pior! O "Luladrão", que, já faz tempos, roubou o meu coração, ou o mais novo "Canibal", ex-"Genocida". Não tem graça, mas tenho que plagiar o Sr. Tião Aranha: "Risos".”

Tião Aranha

08 de outubro, 2022 | 21:36

“Bom texto, ao contrário do que propunha o candidato ora acoplado vindo do PSDB, e de SP, Este não adiciona nenhum voto como já era o esperado. No geral, tb, o que se esperava neste instante de segundo turno fosse apresentação de propostas essenciais a nação; mas já partiram mesmo foi pra baixaria das ofensas pessoais com clara nitidez que nenhum dos dois não estão preparados para ocupar um cargo de tamanha relevância. Ou não têm realmente nenhum respeito aos cidadãos que pagam impostos. Como se não bastassem os cinco anos de latominia de Lava-jato que não deu em nada. O pior: todos usam a Educação pra ganhar a eleição. Risos.”

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