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09 de outubro, de 2022 | 06:00

Escolha certa

Fernando Rocha

Até por “ética esportiva”, como disse o técnico Paulo Pezzolano, o Cruzeiro não vai dar mole hoje ao Sport, às 16h, em Recife, fechando a 34ª rodada do Campeonato Brasileiro/Série B.

No âmbito do futebol, a contratação deste até então desconhecido técnico uruguaio, que honra o temperamento esquentado de seus conterrâneos, foi sem dúvida o maior acerto da SAF/Cruzeiro.

O que tem de reclamão, indisciplinado, agressivo e às vezes até irresponsável à beira do gramado, com relação às arbitragens, Pezzolano compensa ao executar uma gestão de excelência do grupo na parte tática e técnica, conseguindo extrair o máximo dos jogadores, que são de qualidade mediana para baixo.

Conseguiu a classificação e o título da Série B com o “pé nas costas” e, agora, sem alarde, faz as escolhas e monta o elenco para disputar a Série A, em 2023, dentro das condições financeiras estabelecidas com vistas a não sofrer novo susto ou ameaça de rebaixamento.

Vai, Galo!
O Atlético tenta logo mais, contra o Ceará, às 18h, no Mineirão, emplacar pela primeira vez a terceira vitória consecutiva neste Brasileirão/Série A, para se aproximar de vez do G-4 e garantir vaga na fase de grupos da Libertadores.

O goleiro Éverson, herói na vitória sobre o Santos, na última quarta-feira, quebrando um tabu de 13 anos sem ganhar na Vila Belmiro, fica de fora por suspensão e será substituído pelo fabricianense Rafael, que entra e sempre dá conta do recado.

A torcida atleticana está dividida quanto a não escalação de Nacho Fernández no time titular. Por mim, exceto nos lugares de Éverson, pelas razões óbvias de ser goleiro, além de Hulk, craque imprescindível ao time, Nacho jogaria no lugar de qualquer outro jogador do elenco.

Mas, manda quem pode e obedece quem tem juízo. Cuca, como qualquer treinador de futebol, tem suas preferências, manias e a cabeça dura, que só muda se os bons resultados não vierem.

FIM DE PAPO

Algumas pistas bem claras já foram deixadas pela comissão técnica do Cruzeiro, indicando alguns jogadores que não farão parte do elenco para a disputa da Série A. O zagueiro Wagner, o volante Fernando Canesin e o atacante Waguininho há vários jogos não estão sendo relacionados e tudo indica que não estão mais nos planos. Outros dois meio-campistas, Pablo Siles e Pedro Castro, e o atacante Rafa Silva, embora estejam sendo relacionados por Pezzolano não devem seguir no grupo. Jajá, por pertencer ao Atlhético/PR e também por indisciplina, também não deve ficar.

A imprensa azul tem discutido se o artilheiro Edu possui futebol para disputar a Série A e comandar o ataque celeste no próximo ano. Acho que sim, mas desde que o atual meio de campo seja qualificado com a contratação, sobretudo, de um bom camisa 10 para municiar os homens de ataque, entre eles o artilheiro Edu. Lincon e Gasolina, que chegaram recentemente, além de Bruno Rodrigues, o melhor de todos os atacantes, merecem continuar. Quanto a Luvanor, sugiro que deem a ele uma placa pela sua participação nesta campanha vitoriosa da Série B, com um honroso e ditoso “muito obrigado”.

Repercutiu, na última semana, mais uma atitude de grosseria ou falta absoluta de educação do técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, desta vez contra um repórter carioca, após a vitória do seu time sobre o Botafogo, tendo tido novamente um jogador expulso e sentido pouco ou nada a inferioridade numérica. O repórter foi ameno nas palavras e até fez uma “escadinha” para o técnico português deitar e rolar, mas de sua boca saiu um coice. "Por isso que eu sou treinador e vocês são jornalistas. Se quiserem ser treinador vão até a CBF, se preparem e sentem no meu lugar", esbravejou.

É hora de se perguntar: tem necessidade uma coisa dessas? O que ele ganha com tanta falta de respeito e arrogância? Abel, recentemente, já quis ensinar jornalismo aos profissionais brasileiros, mas agora passou dos limites ao sugerir que sejamos também treinadores. Cotado para substituir Tite na Seleção após a Copa do Mundo, o técnico do Palmeiras mandou muito mal e, certamente, deixa muitas dúvidas na CBF, se valeria a pena bancar um dublê de Dunga. Como diria Ibrahim Sued, inventor do colunismo social informativo e um ícone do jornalismo nas décadas de 50/90: "Olho vivo, que cavalo não desce escada". (Fecha o pano!)

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