10 de outubro, de 2022 | 06:00

Trabalhadores que forem coagidos por patrões a votar em candidatos devem denunciar o caso ao MPF

Reprodução de vídeo
Empresário flagrado coagindo empregados foi multado e obrigado a gravar vídeo pedindo desculpas por crime eleitoral; ele também foi flagrado com diversas irregularidades trabalhistas em sua empresa Empresário flagrado coagindo empregados foi multado e obrigado a gravar vídeo pedindo desculpas por crime eleitoral; ele também foi flagrado com diversas irregularidades trabalhistas em sua empresa

O Ministério Público Federal recebe denúncias por meio de sua página na internet, sobre pessoas que estejam usando de coação, em alguma tentativa de direcionar o voto das pessoas na eleição.

No fim de semana, um empresário do ramo de cerâmica, que gravou um vídeo em que ofereceu R$ 200 a cada funcionário que votasse em Bolsonaro, teve que se retratar publicamente e gravar um novo vídeo em que pede perdão pelo crime eleitoral.

O homem disse que iria enfrentar a falência se Lula chegasse ao poder, e que por essa razão os trabalhadores ficariam desempregados. Com esse argumento, ofereceu dinheiro aos empregados.

O caso chegou ao conhecimento do Ministério Público e o homem teve fazer um acordo para pagar multa de R$ 150 mil. Desse dinheiro, cada trabalhador que foi vítima da tentativa de coação receberá R$ 2 mil.

Dono de uma empresa de tijolos e telhas no Pará, Maurício Lopes Fernandes foi filmado induzindo funcionários a votarem em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições.

Por causa disso, Fernandes firmou um Termo de Ajuste de Conduta proposto pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-PA). Além da multa a ser distribuída entre os empregados o homem terá que pagar ainda, indenização de R$ 150 mil por dano moral coletivo. Desse valor, R$ 50 mil serão destinados a uma campanha de conscientização política a empregadores, e R$ 100 mil para projetos sociais.

O homem também foi flagrado com diversas irregularidades trabalhistas e agora terá que assinar as carteiras de trabalho dos funcionários sem registro e fornecer equipamentos de proteção individual (EPI) adequados.

Ainda foi obrigado a divulgar um vídeo se retratando à sociedade. Assumiu o compromisso de não constranger ou ameaçar os funcionários a votar em quaisquer candidatos; nem incentivar empresários de outros setores a fazer isso.

Ademais, o empresário foi indiciado por conduta relacionada a crime eleitoral, e a Auditoria Fiscal do Trabalho emitiu vários autos de infração por falta de uso de EPI e registro irregular dos funcionários.

Segundo o artigo 299 do Código Eleitoral é crime “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”. A pena prevista é de prisão de até quatro anos e pagamento de multa. Veja, abaixo, o vídeo público da retratação:


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Comentários

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Elaine

10 de outubro, 2022 | 10:30

“As pessoas estão ficando loucas, estamos na época do voto de cabresto? Ainda dizem que no Brasil tem democracia, há muito mais interesse nessa eleição do que imaginamos, tinha que acabar com a reeleição, enquanto os ricos ficam mais ricos, os pobres ficam cada vez mais pobres.”

Anderson

10 de outubro, 2022 | 09:17

“Rapaz. O cidadão de bem. Empresário Honrado, mas não paga direitos e nem fornece epi. Típico eleitor do inominável.”

Gildázio Garcia Vitor

10 de outubro, 2022 | 08:08

“E o "véio" papagaio da Havan?!”

Marley

10 de outubro, 2022 | 07:52

“Só nessa pequena empresa heim , vê o tanto de irregularidades . Aínda vem o dono , a coagir os trabalhadores para votar em determinado candidado . Ainda diz que o outro candidado , é que é o ladrão .
O pior é que fica só nisso . Paga uma multa e pronto.
Vamos pra frente então.”

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