10 de outubro, de 2022 | 17:53

Qualidade de vida e oportunidade para jovens e crianças autistas em Ipatinga

Divulgação/IU
Projeto promove tratamento psicomotor gratuito para crianças e jovens autistas: iniciativa faz a diferençaProjeto promove tratamento psicomotor gratuito para crianças e jovens autistas: iniciativa faz a diferença

A temporada 2022 do projeto “Correr, manipular e equilibrar”, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em Ipatinga chegou ao fim. A iniciativa busca promover o desenvolvimento de habilidades em crianças e jovens autistas por meio de programa transdisciplinar com atividades esportivas, de lazer, de socialização e de capacitação para profissionais da educação. No evento de encerramento, a Usiminas, que é uma das patrocinadoras da ação há dois anos por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, anunciou a renovação do patrocínio para o próximo ano de atuação do projeto na cidade.

Para a diretora do Instituto Usiminas, Penelope Portugal, esse apoio é fruto de uma parceria que reafirma o compromisso da companhia com as comunidades, reverberando no bem-estar e no desenvolvimento psicomotor de 50 crianças e jovens assistidos pelo projeto. “Entendemos a diferença que essa iniciativa faz na vida das pessoas. Por isso, é de uma alegria imensa contribuir para que esse programa democratize o acesso à assistência para autistas e continue a surpreender e trazer esperança para as famílias da região”, declara.

Feliz com a notícia, Wina Lidiane de Brito Andrade, mãe de João Luiz Andrade Santos, de 12 anos, e de Saulo Andrade Santos, de 7 anos, ambos assistidos pelo projeto, agradece a Usiminas pela continuidade da ação: “É uma felicidade enorme, sem palavras”, afirma. Ela conta que seus filhos ganharam autonomia. Segundo ela, o diferencial da equipe é não limitar a assistência, já que atende jovens com todos os níveis de autismo. “Eles têm as técnicas corretas, a ciência, as evidências e a estrutura. É um serviço único em Ipatinga, e tem amor. Vão sempre além do que é proposto”, diz.

Democratização do acesso e evolução

Viviane Bretas de Oliveira, mãe de Raquel, de 7 anos, e Gael, de 3 anos, destaca a importância de estar próxima do desenvolvimento dos filhos. Por questões financeiras, o projeto foi o único a viabilizar assistência aos seus filhos. “Uma luz no fim do túnel”, agradece. “Meus filhos mal andavam ou gesticulavam, e agora pulam, brincam, correm e socializam com as outras crianças. Para nós, pais de autistas, a luta não é fácil. São muitos obstáculos, lutas e dificuldades, e cada progresso é uma vitória. Esse projeto traz luz e esperança para nossa vida”, declara.

Para Vinicius Mendes de Carvalho, pai de Heitor Carvalho Gomes, de 4 anos, a evolução de seu filho é notória. “O Heitor teve um avanço muito grande, principalmente, de comportamento e interação. O trabalho da Apae é muito interessante e importante para essas crianças. Com esporte e interação, essa iniciativa traz qualidade no tato do autista. Eles trabalham todas as questões sensoriais, de toque e fala, tendo grande importância para o desenvolvimento das crianças. A equipe é fantástica e tem amor pelo que faz. É grandioso”, afirma.

Coordenadora do projeto, Simone Martinho Soares acompanha tudo de perto. Ela acredita que a palavra que melhor resume o trabalho feito com os jovens é evolução. “Há um avanço significativo nas habilidades motoras, sociais, afetivas e comportamentais dos alunos, porque trabalhamos com educação física especial. Esse projeto dá continuidade às habilidades adquiridas pelos autistas. Então, o repertório motor e afetivo evolui muito. Trabalhamos, também, na construção da cidadania e do sentimento de pertencimento dessas crianças, jovens e adolescentes com TEA na sociedade. Estamos dando a eles a oportunidade de vir e evoluir conosco”, observa.
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