11 de outubro, de 2022 | 09:31

Vale do Aço gerou 5.877 empregos de janeiro a agosto

Impulsionados pelo setor de Serviços, Construção Civil e Indústria, Ipatinga e Belo Oriente puxaram o emprego na Metropolização nos oito primeiros meses de 2022


Com a divulgação, pelo Ministério do Trabalho e Previdência, dos resultados de agosto do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o Observatório das Metropolizações Vale do Aço, instalado no IFMG Ipatinga, consolidou os dados do mercado de trabalho dos oito primeiros meses (janeiro a agosto) de 2022. No total, foram gerados 5.877 empregos com carteira assinada em toda a Metropolização, sendo 3.320 novas vagas na Região Metropolitana oficial (RM), 5.357 na Região Metropolitana Expandida (RME) e 520 no Colar Metropolitano Contraído (CMC), de acordo com a tabulação e os cálculos do geógrafo William Passos, que também integra a Rede Observatórios do Trabalho, do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência.

Integram a RM os municípios de Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo. Já a RME é formada pelos quatro municípios da RM mais Belo Oriente e Caratinga, enquanto o CMC é integrado por Açucena, Antônio Dias, Bom Jesus do Galho, Braúnas, Bugre, Córrego Novo, Dionísio, Dom Cavati, Entre Folhas, Iapu, Ipaba, Jaguaraçu, Joanésia, Marliéria, Mesquita, Naque, Periquito, Pingo-d'Água, São João do Oriente, São José do Goiabal, Sobrália e Vargem Alegre.

Região Metropolitana Expandida
De acordo com os resultados, os setores de Serviços, Construção Civil e Indústria puxaram o emprego no Vale do Aço de janeiro a agosto, gerando 5.750 postos com carteira assinada somente na RME. No caso dos Serviços, o subsetor Administração Pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais e o subsetor Informação, Comunicação, Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, no qual se concentram, entre outras atividades, atendimento das prefeituras, escolas, unidades de saúde, corretoras imobiliárias e serviços de escritório e apoio administrativo, foram os responsáveis pela abertura de 2.260 novas vagas com assinatura em carteira, enquanto na Construção Civil, o subsetor Obras de Infraestrutura abriu 1.515 novos postos de trabalho formais. Na Indústria, o subsetor Indústrias de Transformação foi o grande destaque, ao formalizar 968 novos contratos trabalhistas.

No recorte municipal, Ipatinga e Belo Oriente lideraram a geração de vagas com assinatura em carteira, abrindo 4.109 novos postos formalizados no Vale do Aço de janeiro a agosto. Ipatinga abriu 2.596 novas oportunidades de emprego e Belo Oriente, na RME, criou 1.513 novas vagas.

Coronel Fabriciano formalizou 666 novos contratos e Santana do Paraíso gerou saldo de 152. Ainda na RME, Caratinga abriu 524 novas vagas. Somente Timóteo, que registrou saldo líquido negativo de 94 novos empregos, não conseguiu criar novas oportunidades no mercado de trabalho formal no acumulado dos oito primeiros meses do ano. No entanto, destaca-se, este saldo líquido negativo vem diminuindo.

Colar Metropolitano Contraído
No CMC, os resultados também continuaram positivos. No mês de agosto, os 22 municípios de economia menos dinâmica do Vale do Aço geraram 86 novos contratos com carteira assinada, elevando para 520 o saldo de vagas no acumulado entre janeiro e agosto.

Para William Passos, que coordenou o levantamento, a geração de vagas formais neste conjunto de municípios é muito importante. “O conjunto destes 22 municípios, que eu chamo de Colar Metropolitano Contraído, fechou o mês de agosto gerando 266 empregos com carteira assinada somente no setor de Serviços.

Dentro deste setor, o subsetor Educação, que, naturalmente, reúne, basicamente, as escolas de educação infantil e de ensino fundamental do setor privado, foi o principal empregador, criando 125 postos com carteira assinada naquele mês. A Indústria gerou 98 empregos, o Comércio encerrou o mês com 72 novas vagas e a Agropecuária fechou agosto formalizando 70 novos trabalhadores com carteira assinada”, apontou o geógrafo.

“Como se tratam de municípios com economia pouco dinâmica e muita ocupação informal, com destaque para o trabalho autônomo ou por conta própria, além de altamente dependentes das prefeituras, a manutenção da trajetória positiva de geração de vagas formais é muito importante. Nestes municípios, os empregos com carteira assinada e direitos trabalhistas ajudam a aumentar a arrecadação tributária não apenas das próprias prefeituras, mas também do estado e do país como um todo”.

Com estes resultados, ao fim de agosto, apenas os quatro municípios da RM somavam 103.044 trabalhadores formais. Os seis municípios da RME contabilizavam 129.771 contratos com carteira assinada e os 22 municípios do CMC agregavam 10.096 registros trabalhistas formalizados. Com isso, o mercado de trabalho do Vale do Aço passou a totalizar, com o encerramento do oitavo mês do ano, 139.867 trabalhadores com carteira assinada e todos os direitos garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o terceiro maior mercado de trabalho de Minas Gerais, somente atrás da Região Metropolitana de Belo Horizonte e do conjunto regional formado pelos municípios do Triângulo Mineiro.

Brasil e Minas
Com saldo positivo de mais 278.639 vagas somente em agosto, o Brasil manteve a trajetória de recuperação de empregos com carteira assinada, retomada em janeiro. Ao todo, o país acumulou 1.853.298 novos postos de trabalho formais nos oito primeiros meses de 2022, impulsionados pelo setor de Serviços, que formalizou mais 1.027.288 novas contratações. No total, o país encerrou o mês de agosto com 42.531.653 brasileiros trabalhando com carteira assinada, sob regime de CLT.

Por sua vez, após a desaceleração na criação de novas vagas nos meses de março e abril, o estado de Minas Gerais manteve a retomada, iniciada em maio, na criação de novos postos de trabalho formais. Somente em agosto, o estado criou mais 27.381 empregos com carteira assinada, alcançando um saldo de 187.212 novas vagas ao final dos oito primeiros meses de 2022. Impulsionado também pelo setor de Serviços, que formalizou mais 102.452 novos contratos, o estado finalizou o oitavo mês deste ano empregando com carteira assinada e todos os direitos assegurados pela CLT um total de 4.494.154 mineiros.

Números
Entretanto, como lembra William Passos, os números apresentados ainda não estão consolidados. “As empresas têm até 12 meses para fazer a declaração do Caged fora do prazo. À medida que essas informações vão chegando, o Ministério do Trabalho e Previdência vai atualizando os meses para trás. Os números consolidados só sairão mesmo no segundo semestre do ano que vem”, concluiu.

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Comentários

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Zoio de Zoiar

11 de outubro, 2022 | 13:09

“Quanto a geração de emprego isto é notório, mas quanto a remuneração, bem abaixo da expectativa. Por isto está tão difícil achar mão de obra qualificada no Vale do Aço, não precisa ir muito longe para ganhar o dobro que pagam aqui, São Gonçalo do Rio Abaixo é um exemplo, cidade aproximadamente com 147 KM de distância do colar metropolitano do Vale do Aço, bem menor que muitas cidades do Vale do Aço, mas que, pagam uma remuneração melhor do que aqui da região. Não adianta criar só empregos, tem que criar motivação e segurança ao trabalhador, e uma remuneração digna faz toda diferença. Aqui, infelizmente pagam uma mixaria e querem impor a chibata e o tronco ainda. Por isso, tanta fuga de mão de obra para outros Estados da Federação e cidades mineiras.”

Ricardo Lùcio Rogério

11 de outubro, 2022 | 12:18

“Guardem essa noticia para o futuro! Caso o pt vença, vamos ver se teremos esses numeros de empregos gerados.”

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