11 de outubro, de 2022 | 14:48

Três agentes da PRF são denunciados à Justiça por morte de Genivaldo na ''câmara de gás''

Genivaldo era aposentado por invalidez, casado e deixou um filho de sete anos

Reprodução
Os denunciados são William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima NascimentoOs denunciados são William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento

A Procuradoria da República no estado de Sergipe denunciou três policiais rodoviários federais envolvidos em uma abordagem que causou a morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos. O homem foi trancado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e asfixiado com gás de pimenta. Genivaldo era aposentado por invalidez, casado e deixou um filho de sete anos.

Os denunciados são William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento. Eles já haviam sido indiciados pela Polícia Federal (PF) por homicídio qualificado e abuso de autoridade.

A Procuradoria pediu o fim do sigilo do caso, que corre na 7.ª Vara da Justiça Federal em Sergipe e acrescentou somente com o fim do sigilo poderá repassar outros detalhes da denúncia.

O que se sabe, até o momento é que os laudos cadavérico e toxicológico confirmaram que Genivaldo morreu por asfixia mecânica com reação inflamatória das vias aéreas.

Já publicado:
PRF afasta envolvidos na morte de homem sufocado dentro de viatura

Relembre o caso
Álbum Pessoal
Genivaldo de Jesus Santos tinha 38 anosGenivaldo de Jesus Santos tinha 38 anos

Em maio deste ano Genivaldo de Jesus conduzia uma motocicleta, sem capacete, em um trecho da BR-101 no trecho do município de Umbaúba, no interior de Sergipe.

A abordagem foi filmada por pessoas que tentaram intervir em favor do motociclista, que tentou resistir à prisão e foi forçado a entrar no camburão. Como continuava a se debater, os policiais jogaram as bombas de gás e fecharam a porta. Após o crime, a família informou que ele sofria de transtornos mentais e já havia sido diagnosticado com esquizofrenia, por isso reagiu à abordagem policial.

Depois desse caso, a Justiça Federal determinou que a Polícia Rodoviária Federal (IPRF) retome o ensino de Direitos Humanos nos cursos de formação e reciclagem. A disciplina, que entre outros aspectos trata da brutalidade policial, que tinha sido removida recentemente da grade de formação de agentes.
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