14 de outubro, de 2022 | 10:00
Famílias consumiram mais em agosto, aponta levantamento da Associação Brasileira de Supermercados
O consumo das famílias brasileiras teve alta de 7,23% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2021, segundo levantamento divulgado nesta semana pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a alta é de 2,67% em relação ao mesmo período do ano passado.
A cesta com os 35 produtos mais consumidos em supermercados registrou queda de 1,71% em setembro na comparação com agosto, custando R$ 745,03. No entanto, em comparação com setembro de 2021, quando o conjunto de produtos custava R$ 675,73, a cesta teve alta de 8,76%. Em Ipatinga, o proprietário do Supermercado Santa Helena, do bairro Esperança, André Lemos da Silva, lembra que no mês de agosto foi iniciada a deflação, com uma queda muito significativa de itens de cesta básica e principalmente derivados do leite.
Um exemplo é que antes de agosto a comercialização do leite no varejo estava acima de R$ 7, muito próximo de R$ 8. Um produto como a muçarela estava sendo vendido a R$ 55 o quilo e caiu significativamente no mês de agosto, e isso não se deve a clima ou desiquilíbrio sazonal, foi pelo baixo consumo. As cooperativas de leite estavam com estoque por causa da baixa procura e o leite saiu de um patamar de R$ 8 para R$ 4,99, o que suavizou o orçamento e proporcionou que a população pudesse consumir mais”, avalia.
Ele acrescenta que itens como o óleo também sofreram redução por causa da queda do dólar. No início de agosto teve um recuo grande. Então acredito que o consumo aumentou em termos de volume por causa do declínio no preço, principalmente itens de cesta básica, em torno de 40%. O açúcar, que estava custando R$ 18, R$ 19, caiu para R$ 15; o arroz, que estava R$ 25 voltou para 18. Por causa do baixo consumo, as pessoas deixaram de comprar tanto e isso motivou a queda do preço praticado”, reitera.
André lembra que o mês de agosto é um período festivo, por causa do Dia dos Pais, o que também ajuda nas vendas. Apesar de não ser tão aquecida como o das Mães e Natal. Eu mesmo tive um alavancamento nas vendas em destilados, coisas do ticket médio de R$ 100 pra baixo, percebemos uma venda bem expressiva”, salienta.
O vice-presidente Institucional e Administrativo da Abras, Marcio Milan, explica que o crescimento do último mês foi impulsionado pelos benefícios sociais concedidos pelo governo federal a partir de agosto. Além disso, também houve, de acordo com ele, impacto da redução do desemprego e da inflação, com a desoneração dos preços da energia e combustíveis. A gente vem observando a empregabilidade: o emprego vem crescendo e o desemprego vem caindo”, disse.
A partir dos últimos resultados, a Abras também revisou a projeção de crescimento do consumo das famílias neste ano, de 2,8% para um crescimento de 3% a 3,3%. O reflexo do auxílio, que começou em agosto, da queda dos preços, que se acentuou em setembro, mostra que a nossa projeção está com certeza no caminho de chegar a 3% ou 3,3%”, ressalta Milan.
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Anderson
14 de outubro, 2022 | 17:23Essa associação é a mesma que ri das "piadas" de bolsonaro. Acho qué tá batendo o desespero por notícia boa ai porque nos supermercados os carrinhos estão é vazios.”
Edimir Rodrigues
14 de outubro, 2022 | 12:36Certamente Agosto foi um mês de 31 dias.”