CADERNO IPATINGA 2024

13 de outubro, de 2022 | 20:11

Tribunal do Júri condena réu a 17 anos de prisão por homicídio no Limoeiro, em Ipatinga

O mecânico Felippe Antônio de Souza Reis, de 29 anos, foi condenado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga em julgamento realizado nesta quinta-feira (13). Ele é réu no homicídio de Gustavo Gonçalves de Oliveira, o “Angu”, de 22 anos, morto a tiros na rua Manoel Vicente de Araújo, esquina com a rua Uva, no bairro Limoeiro, em Ipatinga, em outubro do ano passado.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, as investigações da Polícia Civil indicaram que na noite de 4 de outubro de 2021, Felippe desembarcou de um VW Voyage, que era conduzido por um motorista de aplicativo, e disparou pelo menos cinco vezes um revólver contra a vítima Gustavo. Angu estava na calçada em companhia de amigos. Mesmo ferido, o jovem correu, mas caiu e morreu.

Ainda segundo a denúncia, Felippe teria sido instigado pelo motorista a cometer o crime, diante de supostas ameaças da vítima. O motivo da rixa entre a vítima e o acusado dos tiros, segundo o que consta na denúncia do MPMG, seria um prejuízo sofrido por Felippe ao adquirir um veículo automotor de Gustavo.

O acusado dos tiros foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e com emprego que resultou em perigo comum. A denúncia do MP foi aceita pelo juiz que pronunciou o réu, determinando-o que fosse levado a julgamento pelo Tribunal do Júri.

O motorista também foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e com emprego que resultou em perigo comum. Contudo, diante do depoimento de Felippe e das alegações da defesa, corroboradas pela acusação, o motorista acabou impronunciado por não ter provas da participação dele no crime (ausências de provas e de autoria no crime).

Este também foi o entendimento do juiz de Direito João Paulo Júnior, titular da Vara de Execuções Penais, de Precatórios Criminais e do Tribunal do Júri, no último dia 12 de abril, ao emitir a sentença de pronúncia que determinou o julgamento do réu Felippe no Tribunal do Júri.

Felippe foi julgado nesta quinta-feira pelo Tribunal do Júri

Na manhã desta quinta-feira, Felippe sentou-se no banco dos réus no Tribunal do Júri presidido pelo juiz de Direito João Paulo Júnior. O réu foi defendido pelo advogado Eliseu Borges Brasil e Gerci Moreira Mendes Júnior. O promotor Jonas Junio Linhares Costa Monteiro representou o Ministério Público.

Por volta das 15h o Conselho de Sentença declarou o réu culpado e o juiz sentenciou Felippe pelo homicídio triplamente qualificado. Ele recebeu a pena de 17 anos de prisão no regime fechado. A defesa pode ainda recorrer da decisão.

Acusado dos tiros foi preso em um cerco da PM no Limoeiro

Felippe Antônio de Souza Reis foi preso pela Polícia Militar pouco depois do crime, em um cerco policial, escondido em um matagal no bairro Limoeiro. O outro suspeito foi abordado no carro.

O condutor alegou ser motorista de aplicativo, porém ele teria entrado em contradição e revelou que trouxe “Felipinho Preto” até ao bairro e sabia que o passageiro encontrava-se armado e com a intenção de praticar um crime.

Na ocasião, Felippe confessou que matou Gustavo por causa de um prejuízo financeiro. A vítima teria lhe vendido um carro clonado. “Me deu R$ 13 mil de prejuízo. Não ia fazer nada com ele, mas passou a me ameaçar”, comentou o autor ao Diário do Aço, logo depois de ser preso pela PM.

Felippe encontrava-se em progressão de regime, inclusive utilizava tornozeleira eletrônica, ao cometer o crime. Ele envolveu o equipamento com papel alumínio para tentar enganar o monitoramento realizado pela Justiça.
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Comentários

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Maria

15 de outubro, 2022 | 07:23

“Sei bem oq significa o prejuízo, senti e sinto até hoje.
Porém a minha paz de Espírito, a minha consciência tranquila e estar em paz na minha dasa com minha filha e neto não tem preço . Deus me dará em dobro e eu desejo toda sorte a quem me fez mal. Deus cobrará por mim.To em paz.!”

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