14 de outubro, de 2022 | 08:39

Ministro do STF encaminha à Justiça do Pará, ação sobre relatos de Damares

Por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, foi remetido à Justiça Federal do Pará, um pedido de investigação a respeito das declarações da ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) sobre supostos abusos sexuais contra crianças na ilha de Marajó. O caso foi parar na Corte, mas o magistrado alegou que a bolsonarista não possui foro privilegiado.
Reprodução Twitter
Damares admite não ter provas de crimes sexuais com crianças: 'Ouvi na rua'Damares admite não ter provas de crimes sexuais com crianças: 'Ouvi na rua'

Na avaliação do ministro Lewandowski, ainda que a ex-ministra tenha mencionado o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), a citação não é suficiente para manter o processo no STF. "Sem prejuízo, em razão da natureza dos fatos noticiados, caberá ao juízo federal competente, após a oitiva dos órgãos de investigação, examinar os supostos eventos noticiados e os pedidos formulados na presente representação", escreveu o magistrado.

Pregando em um culto da Assembleia de Deus, em Goiânia, no fim da semana que passou, a ex-ministra afirmou que, no Arquipélago do Marajó, meninos e meninas são traficados e submetidos a mutilações corporais e alimentação que facilitaria estupros.

Diante dos relatos, a Polícia Civil e o Ministério Público do Pará solicitaram ao governo Bolsonaro provas das declarações, além das medidas que teriam sido adotadas pelo Ministério dos Direitos Humanos que, à época, era comandado por Damares.

O caso foi parar no STF por conta de uma ação apresentada pelo grupo Prerrogativas. Os advogados alegaram que são "fatos graves" e pede a instauração de um inquérito e a determinação de medidas investigatórias para apuração de suposto crime de prevaricação por parte da ex-chefe da pasta. Segundo eles, se ela tinha ciência dos casos, deveria ter tomado providências.

Em entrevista à rádio Bandeirantes de São Paulo, quinta-feira (13), Damares confessou que não tem provas do que falou na igreja Assembleia de Deus, acerca de crianças sequestradas. Afirmou que suas declarações é com base no que “é falado nas ruas do Marajó, nas ruas da fronteira”.

Nos bastidores da campanha do presidente Jair Bolsonaro, o fato tem sido visto com preocupação. Se por um lado Damares apresentasse provas do que disse, o governo teria que se explicar sobre o que fez diante da situação considerada muito grave. Por outro lado, se não tem provas e admite que é mentira, também cria a desconfiança. “O mais evidente é que ela falou tudo isso para criar uma narrativa. Uma coisa é criar narrativa com fatos reais, a outra é usar uma mentira”, afirmou uma fonte citada pelos jornais de Brasília esta semana. No Pará, o Ministério Público Federal também pede explicações ao governo:


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Comentários

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Welton

14 de outubro, 2022 | 16:42

“essa Damares tem que voltar pra casa! aguentar ELA 04 ANOS NÃO TEM JEITO #FORADAMARES MENTIROSA”

Patriota

14 de outubro, 2022 | 09:39

“Esta Doidamares já passou dos limites. Isto é muito pior que ver qualquer Ente sagrado no pé de goiabeira.
O único objetivo dessa "narrativa" é fazer os crentes ligar este fato, que é fake, ao Presidente Lula e às esquerdas.”

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