18 de outubro, de 2022 | 08:40

Estudantes do Cefet/MG em Timóteo manifestam contra cortes em recursos da educação

O Grêmio Estudantil do Campus Cefet/MG em Timóteo realiza nesta terça-feira, um ato pacífico em defesa da educação e contra os cortes governamentais do Ministério da Educação. A iniciativa dos estudantes tem o objetivo de alertar a sociedade sobre o desmanche das políticas educacionais e a falta de apoio à ciência no país. Em Timóteo, a manifestação inicia sua concentração às 12h30min, em frente ao Campus Timóteo, Centro Norte da cidade.

O grêmio informou, por meio de nota, que há a expectativa de que todo o setor da educação participe das mobilizações. O presidente, Diego Alves, afirma que é preocupante o futuro da educação no país. “As universidades federais e os institutos terão todas as suas estruturas atingidas e a permanência dos estudantes é colocada em risco, o que representa um atraso e um desperdício do potencial deles, e que irá comprometer o futuro e o desenvolvimento do nosso país. Esse anúncio do governo de que vai devolver o que foi retirado não pode nos calar e brecar a nossa mobilização”, enfatizou.

Diego acredita que a situação é grande e demandará uma mobilização nacional para que o governo reveja os cortes do dinheiro no orçamento da educação. “Esperamos que a sociedade em geral se mobilize em defesa da educação pública, contra esses ataques, para defender um direito fundamental de toda a população brasileira, que é o direito à educação”.

A diretora de comunicação do Grêmio, Luísa Rufino, afirma que o projeto de desmonte na educação pública seja interrompido e que haja um plano de emergência para a recuperação da educação no Brasil. “Estamos diante de inimigos da educação, que nem a campanha eleitoral os impediram de tentar cortar R$ 1 bilhão das instituições de ensino e pesquisa. Precisamos continuar a luta pela reversão total do orçamento de 2022 e para que no orçamento de 2023 a educação seja respeitada”, afirmou.

Como parte da programação, promoveremos também ato virtual com as hashtags: #Universidadeeudefendo, #educaçãoeudefendo, #cienciaeudefendo e #confisconaeducação sobre a importância das universidades e da educação pública, gratuita, inclusiva e de qualidade para o país.

Os cortes

Às vésperas do primeiro turno das eleições, o governo federal publicou uma norma definindo novo contingenciamento no orçamento do Ministério da Educação. Desta vez, no percentual de 5,8%, resultando em uma redução na possibilidade de empenhar despesas das universidades no valor de R$ 328,5 milhões e de R$ 147 milhões para os colégios federais.

Somado ao montante que já havia sido bloqueado ao longo do ano, o total retirado das federais é de R$ 763 milhões. Já as unidades de educação básica federais perderam mais de R$ 300 milhões.

O decreto foi assinado no dia 1/10/2022 pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes - trata-se do Decreto 11.216, que altera o Decreto nº 10.961, de 11/02/2022, que se refere à execução do orçamento deste ano em curso. Depois da péssima repercussão da medida, o governo federal reverteu o bloqueio que atingiria universidades e institutos federais. A informação foi divulgada na tarde da sexta-feira, 7/10/2022, pelo ministro da Educação, Victor Godoy, em suas redes sociais.

Local e horário de concentração

Terça-feira (18), a partir das 12h30, Cefet/MG Campus Timóteo – Rua Dezenove de Novembro, 121 - Centro Norte.