06 de dezembro, de 2022 | 09:30

Economista faz recomendações para começar o ano de 2023 com equilíbrio na vida financeira

Não basta apenas cuidar do bolso, mas especialmente da saúde mental, observou o entrevistado

Arquivo pessoal
''A principal dica é: cuide da saúde mental'', alertou o economista Gelton Pinto Coelho''A principal dica é: cuide da saúde mental'', alertou o economista Gelton Pinto Coelho

O último mês do ano chegou. Além das confraternizações, festas, troca de presentes e da “comilança” que marcam os 31 dias de dezembro, o período também é usado por muitos para a reflexão acerca do que deu certo, ou não, ao longo de mais um ano. A vida financeira é um dos aspectos que precisa e deve ser avaliado, ainda mais em um ano desafiador, como foi 2022, em que muitos brasileiros estiveram endividados ou inadimplentes.

Os números refletem a situação. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada no mês de novembro, revelou que no mês de outubro 79,2% das famílias pesquisadas relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa). Na inadimplência, a proporção de famílias brasileiras com contas atrasadas cresceu de 30% para 30,3%, quarta alta mensal seguida. Atingindo a maior taxa anual desde 2016.

O economista Gelton Pinto Coelho, que atua no Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG), explica que grande parte da população está endividada por conta de dois fatores em conjunto: a inflação, que fez subir os preços de alimentos e remédios e a elevação dos juros.

Resolvendo as dívidas e a inadimplência

Diante desse cenário, no mínimo desafiador, o Diário do Aço perguntou ao economista: “o que fazer para tentar encerrar 2022 com as contas em dia e começar o ano de 2023 com equilíbrio financeiro?”. Para Gelton, o fundamental agora é resolver as dívidas, principalmente a inadimplência. “Quem tem décimo terceiro ou algum acréscimo na renda deve priorizar o pagamento de contas que tem juros mais altos, como cheque especial e cartões de crédito que possam estar no rotativo. Renegociar com o banco buscando melhores taxas também pode ajudar”, sugeriu.

Recomendações para 2023

Aproveitando este período propício, em que as pessoas estão mais abertas para repensar hábitos, o economista apontou algumas dicas que podem ajudar as famílias a conquistar certo equilíbrio financeiro em 2023. “Verificar quais as contas fixas são mais caras e buscar economizar para planejar melhor os sonhos. Utilizar melhor o cartão de crédito fazendo criar milhas para sonhar e planejar viagens. Verificar a real necessidade de bens que podem ter custo alto de manutenção como um segundo veículo. Buscar equipamentos que sejam mais duráveis e consumam menos energia”, indicou.

Apesar de todas as sugestões, Gelton destacou uma delas como sendo a principal: cuidar da saúde mental. Ele esclareceu o motivo de tal observação. “Muito do que compramos, comemos e consumimos são respostas a questões que não temos bem resolvidas em outras áreas”.

Para concluir, o economista lembrou que o planejamento será essencial para o próximo ano que já está “batendo à porta”. “Na verdade, deveríamos fazer sempre, mas há datas que são marcantes. E por isso aproveitamos pra tentar motivar um pouco mais a fazer essas avaliações e para construir caminhos melhores”, concluiu.
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