15 de dezembro, de 2022 | 10:14

Caso Emanuela: Justiça de Ipatinga manda acusados para o banco dos réus

Arquivo DA
Emanuela Ribeiro tinha 22 anos, quando foi morta em abril nas proximidades do Parque IpanemaEmanuela Ribeiro tinha 22 anos, quando foi morta em abril nas proximidades do Parque Ipanema

Os dois acusados de um dos casos mais violentos de 2022 devem enfrentar o Tribunal do Júri Popular no próximo ano. A decisão é do juiz João Paulo Júnior, titular da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga.

Wesley dos Reis Albino Silva, de 29 anos, e Geovane Lino Damasceno, de 52 anos, vão responder pelo estupro seguido de homicídio da jovem Emanuela Souza Lima Ribeiro, de 22 anos, morta em 22 de abril passado nas proximidades do Parque Ipanema.

Conforme a denúncia do Ministério Público, feita pelo promotor de Justiça, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, e conforme já divulgado pelo Diário do Aço, na noite de 22 de abril, na avenida Roberto Burle Marx, à margem do ribeirão Ipanema, os denunciados constrangeram Emanuela Souza, mediante violência, para com eles manter conjunção carnal.

Eles agrediram violentamente a jovem, principalmente na região dos genitais, diz o relatório com base no resultado da perícia.
As investigações da Delegacia de Homicídio de Ipatinga, indicaram que Wesley teria um relacionamento amoroso com a vítima, jovem que se submetia à prostituição para sustentar o seu vício em crack e ainda repassava os lucros do comércio sexual ao namorado. Inclusive, ele teria atraído Emanuela para o local onde ela foi morta.

O laudo de necropsia do Instituto Médico-Legal indicou que a vítima lutou contra os seus agressores, porém, teve o nariz e a boca obstruídos para impedi-la de pedir socorro. “Os atos sexuais perpetrados contra a ofendida foram tão bárbaros que resultaram em graves lesões na região perianal”, aponta os exames periciais.

Os dois homens teriam estrangulado a jovem, vindo ela a perder a consciência e a falecer. Os acusados, conforme as investigações, após a execução da vítima, teriam levado os pertences pessoais de Emanuela para comercialização entre os usuários de drogas que ficam na avenida Maanaim, no bairro Jardim Panorama.

Pronúncia

De acordo com a sentença de pronúncia, à qual o Diário do Aço teve acesso, os acusados negaram envolvimento no crime. Inclusive, mesmo com os objetos encontrados com Giovane e que seriam de Emanuela, conforme algumas testemunhas, ele negou que tais objetos pertencessem à vítima assassinada.

“No caso dos autos, há indicativos de que os denunciados teriam abusado sexualmente da vítima, antes de sua morte, subtraído seus pertences pessoais, e, ainda, de que o denunciado Wesley, explorava sexualmente a vítima. Assim, há indicativos de sua ocorrência, pelo que tenho que tais crimes devem ser reservados para julgamento pelo egrégio Conselho de Sentença”, apontou o juiz João Paulo.

Homicídio quadruplamente qualificado

Wesley foi pronunciados nas condutas de estupro (213, §1º c/c art. 226, inciso IV, “a”) homicídio quadruplamente qualificado, motivo torpe, asfixia, emboscada e feminicídio (art. 121, §2º, incisos I, III, IV e VI c/c §2º-A, II), furto qualificado (art. 155, §1º, §4º, IV) e rufianismo, que é tirar proveito da prostituição alheia (art. 230, §2º) todos os crimes no Código Penal.

Já Geovane foi incurso em quase todos crimes que Wesley recebeu a sentença de pronúncia, somente ficando de fora o crime de rufianismo, pelo qual não responderá perante o Tribunal do Júri.

Foragido

O réu Giovane é considerado foragido da Justiça, pois ganhou liberdade com Wesley mediante o excesso de prazo no processo.

O Ministério Público recorreu e houve revogação desta decisão, mas apenas Wesley foi localizado e preso no dia 10 de novembro por força de um mandado de prisão preventiva e se encontra recolhido à Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba.

Já publicado

-MPMG denuncia dois homens por estupro coletivo e feminicídio que vitimou jovem de 22 anos
-TJMG restabelece prisão de dois denunciados por feminicídio e estupro em Ipatinga
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Comentários

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Fernando

15 de dezembro, 2022 | 16:17

“Se for para o juri dar apenas 6 anos de cadeia como nos últimos julgamentos por homicidio e melhor deixar solto.”

Voz do Povo

15 de dezembro, 2022 | 11:37

“Infelizmente ainda terão muitas Emanuelas...pois Ipatinga se transformou num antro de drogas, prostituição e assassinos...quem duvida é só passar na rua sabará, no centro de Ipatinga...é noiado, poota, bandido e traficante à perder de vista...quem ganha com isso? De certo não é quem passa por aí pra ir ao parque Ipanema, levar as crianças as escolas infantis, ir às igrejas ou simplesmente chegar em casa depois de 1 dia cansativo de trabalho...assim como estão reformando a prefeitura, deviam revitalizar o centro também...se preciso, caçar o alvará de quem ganha dinheiro com a desgraça humana...favorecendo o aumento da aids/dst's, crimes e viciados em nossa cidade...”

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