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18 de dezembro, de 2022 | 08:00

Números apontam queda do PIB de Ipatinga

Bruna Lage
PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou municípioPIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou município

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na sexta-feira (16) dados sobre os municípios com maiores quedas de arrecadação do Produto Interno Bruto (PIB), entre os anos de 2019 e 2020. Dados tabulados pelo Observatório das Metropolizações Vale do Aço apontam o cenário em Ipatinga. Os dados relativos ao PIB são tabulados com um atraso de dois anos e, por isso, somente nesse fim de 2022 foram divulgados.

O geógrafo William Passos, coordenador estatístico e de pesquisa do Observatório das Metropolizações, lembra que o PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou município, geralmente no período de um ano. Corresponde ao tamanho da economia de uma dada unidade geográfica. Ele acrescenta que em comparação a 2019, o município de Ipatinga foi ultrapassado por Extrema e caiu do 8º para o 9º PIB em Minas Gerais.

No Brasil, Ipatinga era o 95º PIB em 2019, despencando para o 109º PIB no país em 2020.

De acordo com o IBGE, os cinco municípios com as maiores quedas de participação no PIB do Brasil, entre 2019 e 2020, foram São Paulo (9,8%), com perda de 0,5 ponto percentual; Rio de Janeiro (4,4%), 0,4 ponto percentual; Brasília (3,5%), 0,2 ponto percentual; Curitiba (1,2%), 0,1 ponto percentual; e São José dos Pinhais (0,3%), com queda de 0,1 ponto percentual. Esses cinco municípios corresponderam a quase 20% do total do PIB do país, no ano.

Concentração
Em 2020, nove municípios responderam por quase 25% do PIB nacional e 15,3% da população brasileira: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Manaus, Curitiba, Osasco, Porto Alegre e Guarulhos. Já as 82 municipalidades com maiores PIBs representavam, aproximadamente, 50% do PIB total e 35,8% da população do país. Em 2002, apenas quatro municípios (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte) somavam cerca de um quarto da economia nacional.

Análise
William avalia que a pandemia de covid-19 afetou bastante a economia ipatinguense, diminuindo a atividade econômica e tornando a vida mais difícil no Vale do Aço que em outras regiões do Brasil. “Como Ipatinga é quem puxa a economia de toda a região, o comportamento da economia ipatinguense arrasta todo o Vale do Aço. Assim, a saída passa por um plano de recuperação metropolitana focado no aumento do investimento público e na diversificação dos setores econômicos de todo o Vale do Aço”, aponta o geógrafo.

Para ele, a região não deve pensar em apenas dinamizar o parque industrial metalomecânico, mas estimular outros setores também. “Quando o presidente eleito (Luiz Inácio Lula da Silva, PT) veio ao Parque Ipanema fazer um dos mais importantes comícios de sua campanha, destacou a importância da Usiminas. É preciso alterar este olhar. Vale do Aço não é a região da Usiminas, mas uma região que tem a Usiminas”, opina William Passos.
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Comentários

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Votador

18 de dezembro, 2022 | 21:11

“Continuarão comendo angú e arrotando caviar!”

Ricardo

18 de dezembro, 2022 | 09:48

“Associe todos os seus comentários, à uma gestão pública pouco eficiente”

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