31 de dezembro, de 2022 | 15:00

Opinião: Perspectivas e tendências do mundo corporativo para 2023

Pedro Kauffman * 

Os gestores de RH já se movimentam com o planejamento de 2023. No radar estão os novos modelos de trabalho, híbridos ou remotos, e principalmente, a singularidade que cada funcionário tem sua particularidade. Este é o momento para repensar o propósito e o valor da organização apostando no indivíduo.

As pesquisas sobre o mercado de trabalho apontam que o maior desafio dos departamentos de Recursos Humanos é incluir benefícios que atendam ao desejo dos colaboradores. Tanto para manter o engajamento dos funcionários, quanto para que seja algo que dê retorno às empresas. 82% dos profissionais entrevistados na Pesquisa de Funcionários do Gartner EVP disseram que queriam que sua organização os visse como pessoas, não apenas funcionários.

Há uma certeza, em troca de sua força de trabalho, todos os colaboradores estão em busca de um ambiente afável, que pela reciprocidade as empresas demonstrem reconhecimento pelas atividades realizadas, remuneração justa e benefícios corporativos. Esse último causa um grande impacto no trabalhador em relação à corporação. Afinal, promover o bem-estar e a felicidade dos colaboradores é a senha para que se crie um vínculo afetivo com a organização e assim o time alcançar os melhores resultados.

Oferecer benefícios como vale refeição, vale transporte e, com sorte um convênio médico, já não são suficientes. As empresas, para recrutar e manter seu time de excelência, estão cada vez mais atentos às questões de saúde, no âmbito psicológico e físico.

Os dados do levantamento do instituto Gallup apontam que funcionários felizes têm 50% menos acidentes laborais. Na mesma direção, o Harvard Business Review revelou que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores. Nesse sentido, passou a ser essencial mostrar aos profissionais que a empresa os valoriza, precisa de seus talentos e aposta em suas habilidades para conquistar o sucesso.

Dentro dessa visão humanista, as empresas buscam investir cada vez mais em benefícios que retenham talentos e atraiam novos colaboradores alinhados com a missão das organizações. A gestão consciente impõe uma nova métrica que compreende as demandas de cada funcionário e aproxima a vida profissional, da vida pessoal.

Oferecer benefícios que estejam alinhados com os valores e propósito de vida das pessoas, estreitam a relação entre a empresa e o colaborador e tornam a empresa mais atrativa para o mercado. Investir em pessoas e manter os seus profissionais motivados, gera a redução das taxas de turnover e aumenta a felicidade e a produtividade no trabalho.

O Great Place to Work (GPTW) realizou uma pesquisa com 1.053 profissionais de diferentes áreas. No levantamento, os convênios e parcerias com academias de ginástica ocupam o quarto lugar (44,9%) entre os benefícios que mais mobilizam os funcionários. Os planos de saúde (82,5%) e odontológico (72,9%) ocupam as primeiras posições, seguido pela participação nos lucros (50,5%).

Sedentarismo
A realidade brasileira está longe de um ideal saudável. O Ministério da Saúde aponta que o sedentarismo é o lastro das doenças físicas e mentais da população. Os dados da Pesquisa Nacional de Saúde revelam que 47% dos brasileiros adultos não chegam a praticar o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda: 75 minutos de atividade física intensa ou 150 minutos de exercícios moderados durante a semana.

Por fim, estar alerta ao bem-estar do colaborador impacta positivamente no ambiente de trabalho e contribui para que o colaborador se sinta parte da organização. A empresa pode criar um programa de benefícios que seja revisado periodicamente e assim, o pacote pode ser ajustado e validado com os colaboradores.

* Fundador e CEO da Healthtech Fit Any

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