05 de janeiro, de 2023 | 18:00

Folias de Reis encerram o Natal da Mineiridade

Reconhecidas como patrimônio imaterial de Minas Gerais, as Folias de Minas - ou Folias de Reis - ocupam o Circuito Liberdade, nesta sexta-feira (6), com uma série de apresentações, a partir das 18h, na capital mineira, assim como acontece em várias regiões do Estado.

O evento, repleto de cores, música, dança e a tradição das Folias de Minas marca o encerramento do Natal da Mineiridade e da iluminação da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e também em cidades mineiras, como ocorre tradicionalmente no Dia de Reis (6/1).

No Circuito Liberdade, a fachada do prédio do Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) traz Maurício Tizumba, que recebe a Folia de São Sebastião, de Vespasiano, a Caravana de Santos Reis, de Lagoa Santa, e a União de Amigos, de Belo Horizonte. No mesmo horário, no Palácio da Liberdade, se apresentam os grupos da cidade de Congonhas: Folia de Reis São José, Folia de Reis de Santa Quitéria, Folia do Menino Jesus do Alto Maranhão e Folia de Reis do Tijucal.

O evento ainda conta com a apresentação do Presépio Vivo, com o Grupo de Teatro Dez Pras Oito. Até agora, a programação do Natal da Mineiridade, iniciada em 2 de dezembro, movimentou público de 500 mil pessoas, conforme divulgação da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG).

Folias de Minas
As Folias de Minas foram registradas como patrimônio cultural de Minas Gerais, pelo Iepha-MG, em 6 de janeiro de 2017. Também denominadas ternos ou companhias, as folias são manifestações culturais e religiosas com grupos que se estruturam a partir da devoção. Geralmente, são formados por cantadores e tocadores, personagens como reis, palhaços e bastiões, que visitam casas de devotos distribuindo bênçãos e recolhendo donativos para variados fins.

Na capital e no interior, eles apresentam características regionais, se vestem com indumentárias que variam de grupo para grupo e, também, conduzem os cantos com violas, violão, cavaquinho, pandeiro, bumbos, sanfona e caixas. O principal elemento simbólico é a bandeira e a organização a partir de ritos, como o giro ou jornada, encontros, festas e cumprimento de promessas.

A tradição, de origem ibérica, faz parte das celebrações mais antigas e difundidas em Minas Gerais e no Brasil. Ao longo dos anos, foi se tornando um componente de considerável importância na construção do imaginário, da identidade e da memória individual e coletiva dos mineiros.

Circuito Liberdade
O Circuito Liberdade é o maior complexo de cultura, turismo e economia criativa da América Latina. Criado em 2010, após a inauguração da Cidade Administrativa e a transferência oficial da sede do governo da Praça da Liberdade para a região Norte de Belo Horizonte, o Circuito reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo, informa o governo estadual.

As atividades dos equipamentos parceiros ao complexo cultural buscam promover o desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas. Atualmente, o Circuito Liberdade conta com 32 equipamentos culturais atuando em rede, em Belo Horizonte.