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06 de janeiro, de 2023 | 13:28

Acampamento em frente ao QG do Exército em Belo Horizonte é desmontado e bolsonaristas choram

Mesmo sem a estrutura, alguns dos manifestantes permaneceram no local

Reprodução de vídeo
Bolsonarista, aos gritos, pede que acampanhamento não seja desmontadoBolsonarista, aos gritos, pede que acampanhamento não seja desmontado

A Guarda Municipal de Belo Horizonte realizou na manhã desta sexta-feira (6), o desmonte do acampamento montado por manifestantes bolsonaristas em frente ao Comando da 4ª Região Militar do Exército, em Belo Horizonte.

Vídeos divulgados pela equipe que trabalha no desmonte mostram agentes recolhendo objetos pessoais, estruturas de barracas e até um sofá. O acampamento ficava à margem da avenida Raja Gabaglia, no bairro Gutierrez, na região Oeste da capital. Os manifestantes ocupavam a frente do quartel desde o dia 30 de outubro.

Os manifestantes tentaram resistir à remoção pelos agentes da Guarda Municipal de Belo Horizonte, gritaram e choraram. Um homem, ajoelhado na chuva e aos prantos, pede para que o acampamento não seja desmontado.

Eles alegam que houve fraude no segundo turno da eleição presidencial e pedem às forças armadas que assumam o comando do poder político no Brasil.
Reprodução de vídeo
Quinta-feira (5/1) manifestantes cercaram fotógrafo do jornal Hoje em Dia; profissional foi agredido, arrastado e teve equipamento fotográfico roubadoQuinta-feira (5/1) manifestantes cercaram fotógrafo do jornal Hoje em Dia; profissional foi agredido, arrastado e teve equipamento fotográfico roubado

A administração municipal de Belo Horizonte informou, por meio de nota, que a operação se justifica pela “escalada da violência” nos últimos dois meses e pelas constantes obstruções das vias causadas pelos atos. Quinta-feira (5/1) manifestantes cercaram um fotógrafo do jornal Hoje em Dia. O profissional que registrava imagens do acampamento foi agredido, arrastado pelo chão, levou socos e chutes e teve equipamento fotográfico roubado.

Os manifestantes ocupam o local desde 30 de outubro, após o Tribunal Superior Eleitoral declarar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Alguns dos bolsonaristas alegaram que só deixarão a entrada do QG após determinação do próprio Exército.

Manifestantes tentaram impedir a saída dos caminhões nos quais foram carregadas as tralhas do acampamento desmontado. A prefeitura informou que a estrutura era ilegal porque não tinha licenciamento do município.

O governo municipal também informou que havia reclamações diárias de moradores do entorno, pedestres e motoristas sobre transtornos como som alto, sujeira, bloqueio do passeio e da avenida Raja Gabaglia.

A operação para a remoção do acampamento dos patriotas foi acompanhada por representante do Exército, tenente Chagas. Ele afirmou aos manifestantes que poderiam continuar no local, mas que a estrutura não poderia permanecer ali, por causa da decisão da prefeitura. Uma parte dos manifestantes permaneceu no local mesmo com a remoção da estrutura.

Ipatinga

Em Ipatinga, o acampamento dos patriotas, instalado no canteiro central da avenida Pedro Linhares Gomes, trecho urbano da BR-381 no bairro Horto, foi desmontado no dia 30 de janeiro.



Agressões e roubo



A Polícia Civil informou por meio de nota que apura a materialidade e a autoria da agressão a um fotógrafo. O desmonte do acampamento em Belo Horizonte ocorre um dia após um fotógrafo do jornal Hoje em Dia ser agredido por um grupo de manifestantes. O profissional registrava imagens da manifestação, quando foi abordado pelos agressores.

O fotógrafo tentou se esconder atrás de um carro, mas foi agarrado e arrastado pelo chão, enquanto recebia socos, chutes e pauladas. Ele teve que ser socorrido e levado para uma Unidade de Pronto Atendimento. O profissional teve a câmera roubada e as lentes do equipamento foram destruídas. Hoje, também, houve agressão às equipes que cobriam a remoção do acampamento bolsonarista. Veja as imagens do local:



Por que os atos pedindo SOS Forças Armadas são antidemocráticos?



As manifestações dos bolsonaristas ou "patriotas" como alguns dos envolvidos se identificam, são consideradas "atos antidemocráticos" porque a intervenção militar é inconstitucional. O sistema político brasileiro proíbe militares de intervirem na política e não prevê um mecanismo legal de intervenção militar ou "intervenção federal", como apregoam os manifestantes.

A Constituição de 1988, no seu artigo 1º, parágrafo único, diz que "todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos". As forças armadas, caso decidissem ocupar o poder, estariam aplicando um golpe e instaurando uma ditadura.
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Comentários

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José Antonio Almeida Ohl

07 de janeiro, 2023 | 05:56

“As viúvas e os viúvos abandonados, agora, descobrem que o Bozo é Bi, duas caras, traidor, mariquinha, corno manso, gilete, canalha dos canalhas, brocha, broxa, etc. e tal.”

Renato

07 de janeiro, 2023 | 05:28

“Por que alguém se autointitula ?cristão, conservador da direita? e quer levar suas ideologias religiosas para a política? É como se a diversidade não existisse e os problemas sociais fossem meros detalhes que podem ser facilmente adiados para abrir espaço a dogmas religiosos.
O debate público não deve comportar o pensamento religioso, pois questões de convicção pessoal não podem servir como baliza para decisões que envolvem toda uma sociedade, que inclui também ateus, agnósticos e pessoas das mais diversas religiões.”

Paulo

07 de janeiro, 2023 | 05:25

“Um imbecil do exército, que no mínimo deve ser bolsonarista também, ficou atrapalhando a remoção dos entulhos. Ficar alimentando esse povo é fazer mal à saúde mental dos mesmos. Tudo mentalmente doente por causa da mistura de política com religião.”

Pedro

06 de janeiro, 2023 | 22:47

“São bandidos e arruaceiros”

Patriota

06 de janeiro, 2023 | 18:25

“Em primeiro lugar, parabéns Zé Doido! Você disse tudo. Assino à esquerda! Em segundo lugar, Johnson disse: "O patriotismo é o último refúgio do canalha", mas segundo Millôr, "No Brasil é o primeiro". Razão do meu pseudônimo. Feliz 2023 ... porque o 22 fugiu. Para Disneylândia.”

Edimar Silva

06 de janeiro, 2023 | 15:42

“GENTE 2026 É LOGO ALI .
PASSA RAPIDINHO.
POREM A MAIS PURA VERDADE PARA EXPLICAR É
ACEITA QUE DOI MENOS.”

Zé Doido

06 de janeiro, 2023 | 15:20

“Quando o PT perdeu a eleição de 2018 não vimos nenhuma manifestação pelo lado dos perdedores, os quais a alienada direita extremista chama de comunistas.
Agora em 2022, os "democratas, patriotas e cidadão de bem" não aceitam o resultado, chegando atrapalhar o ir e vir do restante da população.
Perdeu Mané, não amola, puxa o carro e vai embora.”

Nimia

06 de janeiro, 2023 | 14:24

“o exercito não permitiu a retirada. kkkkkkkkkkkkkkkkk. Coloquem a matéria completa”

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