07 de janeiro, de 2023 | 08:20

Opinião: Governo Federal assume compromisso de erradicar a fome no país

Júlio César Cardoso *

O novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, reafirmou na cerimônia de posse no cargo dia 3/1, o compromisso do governo com a erradicação da fome no país. "Hoje, nós iniciamos esse desafio de erradicar a fome e dar condições mais dignas de vida ao povo que vive no campo. Nesse sentido, queremos resgatar o papel do Estado brasileiro, que por meio deste e de outros ministérios, deve promover o acesso à terra", disse.

O ministro ressaltou compromisso com os povos do campo, da floresta e das águas, com remanescentes de quilombos, povos tradicionais e ribeirinhos. "Nenhum país pode se considerar moderno, civilizado e desenvolvido tendo 33 milhões de brasileiros vivendo em grave insegurança alimentar e mais 100 milhões de brasileiros vivendo dentro da insegurança alimentar", disse.

Tudo conversa fiada do ministro Paulo Teixeira. O PT passou mais de treze anos no poder e foi incapaz de reduzir drasticamente a miséria e a fome no Brasil, e agora se apresenta com o mesmo discurso restaurador.

Qual foi o programa de políticas públicas no campo social, com solidez, implantado pelo PT nos mais de treze anos de governo, que erradicou substantivamente o estado de miserabilidade dos descamisados brasileiros? Nenhum. Os programas do PT foram paliativos de viés eleitoreiro, como também foram os programas sociais dos demais governos.

O que o PT fez, por exemplo, no campo de saneamento básico, durante os seus governos, em que milhões de deserdados continuam convivendo com o esgoto correndo a céu aberto?

Lula chora, dissimuladamente, quando se reporta aos humildes, mas nos mais de treze anos do governo petista não corrigiu os erros que até hoje mantêm os bolsões de miseráveis, com gente morando sob viadutos e em estado de abandono por todas as cidades nacionais. Vamos falar sério e deixar de hipocrisia.

O governo Bolsonaro foi uma grande decepção, teve conduta autocrática, principalmente durante a eclosão da covid-19, e não merecia ser reeleito. Também não devia ser eleito o presidente Lula por seu passado político de envolvimento não republicano. Porém, temos de respeitar o resultado democrático da eleição.

A sociedade não pode esperar grandes mudanças de um governo que sinaliza discordância à baliza do teto de gastos. Qualquer trabalhador responsável sabe que não pode gastar mais do que ganha ou ultrapassar o seu limite no cartão de crédito, senão terá de arcar com a irresponsabilidade. Só o governo do PT entende diferente e acha que pode revogar o teto de gastos. Vamos aguardar o desenrolar do novo, ou velho, governo. E esperamos que o presidente Lula, agora coadjuvado por Geraldo Alckmin, não cometa os mesmos erros que o levaram à prisão.

* Servidor federal aposentado. Balneário Camboriú-SC. JCopiniao.blogspot.com

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