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24 de janeiro, de 2023 | 00:01

Deu a lógica

Fernando Rocha

Sem a estreia do Ipatinga, que aguarda definição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) sobre recurso interposto pelo Betim, que acusa a diretoria do Tigre de falsificar documentos de jogadores na disputa do Modulo II no ano passado, o Campeonato Mineiro começou neste ultimo fim de semana e deu o mais do mesmo, ou seja, a lógica nas vitórias de América, Atlético e Cruzeiro, o que confirma o favoritismo do trio da capital para um deles conquistar o título.

O Cruzeiro derrotou, por 2 x 1, o Patrocinense no Alto Paranaíba, fez um bom primeiro tempo, quando marcou os dois gols, um deles muito bonito, o primeiro de Nikão com a camisa celeste.

Na segunda etapa, o time da casa deu trabalho para a defesa celeste, fez o gol e poderia ter empatado, não fossem algumas boas defesas do goleiro Rafael Cabral, o melhor do time celeste.

Suspenso, Paulo Pezzolano não ficou à beira do gramado, o que prejudicou a equipe, mas o técnico uruguaio deve ter gostado das estreias de Wesley e Nikão no ataque, além do lateral Igor Formiga.

Mudança tática
O Galo iniciou a caminhada em busca do tetracampeonato estadual com vitória apertada, de 2 x 1, sobre a Caldense, no Independência, que ficou lotado pela torcida alvinegra.

Os dois gols foram marcados por Hulk de pênaltis com a intervenção do VAR, sendo que o primeiro, em minha opinião, não existiu. A Caldense poderia ter empatado com um pênalti infantil cometido pelo goleiro Éverson, que se redimiu defendendo a cobrança.

O Atlético, sob o comando de Eduardo Coudet, criou, desperdiçou muitas chances, foi bem melhor que a Caldense, poderia ter feito até uma goleada, se os seus atacantes não errassem tanto nas conclusões, sobretudo, pela falta de ritmo comum em início de temporada.

Claramente, houve uma mudança tática, sem aqueles toques de bola enervantes e excessivos para os lados e para trás. Agora, o time marca a saída de bola do adversário com intensidade, saindo de trás em passes longos explorando a velocidade dos homens de frente.

A defesa mostrou maior deficiência e precisa de ajustes. Mesmo assim, o zagueiro Bruno Fuchs, 22 anos, demonstrou muita personalidade se tornando um dos destaques do time, ao lado do volante Alan, que fez uma grande partida, além de Paulinho, Edenílson, Igor Gomes e Patrick, que foram bem em suas estreias com a camisa do Galo.

FIM DE PAPO

O maior destaque da primeira rodada do Campeonato Mineiro foi o América, que fez um grande jogo e goleou o Pouso Alegre por 4 x 0, sem contestação, no sul do estado. A diretoria manteve o técnico Wagner Mancini, além de seus principais jogadores que foram muito bem na temporada passada, fazendo poucas contratações. Para fechar bem o domingo, o Coelhinho sapecou 3 x 0 no Santos, dentro da Vila Belmiro completamente lotada, classificando-se para a final da Copinha contra o Palmeiras, em jogo a ser realizado amanhã, no Allianz Parque.

Muito diferente de seu compatriota Turco Mohamed, que dirigiu o Galo até a metade do ano passado, o técnico Eduardo Coudet é agitadíssmo e participa intensamente do jogo à beira do gramado, o que sempre agrada a maioria da torcida e uma boa parte da imprensa. Em minha opinião, a excessiva agitação do treinador às vezes mais atrapalha do que ajuda o time. Mais importante é o que se faz nos treinamentos durante a semana, mas é óbvio que o técnico precisa ficar atento ao que está acontecendo dentro de campo, para fazer as correções de rumo necessárias no momento da partida.

Sem contar o jogo de ontem à noite, entre os Democratas, no Mamudão, em Valadares, que sempre teve um gramado péssimo, o piso dos demais estádios que sediaram jogos no interior agradaram. Penso que isto se deve, principalmente, porque este ano houve a intervenção da Federação Mineira, que contratou uma empresa especializada e assumiu o cuidado dos gramados, onde clubes ou prefeituras mostraram-se incompetentes para executar o serviço.

Ainda vai dar muito o que falar a não realização no Mineirão do primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, por conta de um show sertanejo no mesmo dia. Desde que o estádio foi reformado para a Copa do Mundo/2014 e privatizado, deixou de ser prioritariamente do futebol, que tem um calendário desorganizado, portanto, sempre vai ficar atrás dos eventos culturais. Não há outra solução para todos os envolvidos, senão as novas “arenas” se organizarem para possibilitar cada vez mais a diminuição dos intervalos entre os shows e os jogos. (Fecha o pano!)
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