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29 de janeiro, de 2023 | 00:01

Monumento eterniza homenagem às vítimas da tragédia de Brumadinho

Reprodução do projeto
A estrutura ''Bruma Leve'' será instalada em frente ao Prédio Tiradentes: para não esquecer jamaisA estrutura ''Bruma Leve'' será instalada em frente ao Prédio Tiradentes: para não esquecer jamais

O projeto do monumento que será construído na Cidade Administrativa, para lembrar as 272 vidas perdidas após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019, foi apresentado pelo governo estadual a integrantes da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão em Brumadinho (Avabrum), na semana passada, em Belo Horizonte.

Idealizado pelo arquiteto Daniel Rodrigues, do escritório DARP Arquitetura e Urbanismo, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, o projeto vencedor chama-se “Bruma Leve”. A inspiração vem do significado do nome do município, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e dos versos da canção “Anunciação”, de Alceu Valença.

Instalado em frente ao Palácio Tiradentes, o monumento será composto por 272 peças lineares de tamanhos variados, a mais alta com 2,72 metros, posicionadas uma ao lado da outra. Elas terão a forma de perfis humanos em diferentes posições, cada uma representando uma das vidas perdidas na tragédia, que completou quatro anos neste mês. Essas peças também receberão placas com os nomes das vítimas.

Segundo a justificativa do projeto que venceu o concurso público, “Bruma Leve também representa as montanhas da região e expressa a fluidez e a leveza da bruma quando passa pela cidade. Observando mais de perto, será possível ver as peças formando a silhueta de uma face humana. As peças serão na cor vermelha, que remete à dor, mas também ao amor, à coragem e à força”.

Marcelo Barbosa
O projeto foi apresentado aos moradores de BrumadinhoO projeto foi apresentado aos moradores de Brumadinho
O concurso
A iniciativa da construção do monumento é do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG). O concurso nacional de projetos foi lançado no início do ano passado. A comissão julgadora foi composta por dez membros, sendo familiares das vítimas, além de representantes da Secult, do Iepha-MG, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB - Minas Gerais). Para garantir a isonomia no momento da escolha, os nomes dos responsáveis pelos projetos não foram divulgados. Eles eram identificados por códigos.

“O arquiteto deu leveza ao projeto sem perder o tom”, analisa a presidente do Iepha, Marília Palhares Machado, que detalhou quais são as etapas seguintes para a construção do monumento. “O concurso diz respeito a um projeto básico. Agora, vamos contratar o projeto executivo e, em seguida, contratamos a obra propriamente dita. Ele (monumento) não pode ficar absolutamente no papel, esse é o compromisso do governo e do próprio Iepha. Já existe o recurso oriundo do Tesouro Estadual. Os próximos passos vão depender dos prazos que a legislação exige, porque vai ser uma licitação, para possivelmente no ano que vem já termos implantado”, explicou.
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