28 de janeiro, de 2023 | 07:05

Volume de chuva no Vale do Aço ultrapassa média do mês de janeiro

Tiago Araújo
Região teve mais do dobro de chuva esperado para o mês Região teve mais do dobro de chuva esperado para o mês

Janeiro tem sido de chuva em diversas cidades de Minas Gerais. No Vale do Aço, a média histórica desse mês foi superada, de acordo com o meteorologista Ruibran dos Reis, acumulando, até o momento, 420 milímetros. O estado permanecerá com tempo úmido e instável, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), devido à configuração da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) formada na terça-feira (24) e com atuação até, pelo menos, este sábado (28).

Ruibran pondera que janeiro de 2023 não é o mais chuvoso da história, mas já acumula um grande volume. No Vale do Aço realmente choveu “bastante”, segundo o meteorologista, mais do dobro esperado para o mês, com chuvas muito intensas.

“É uma das regiões em que mais choveu em Minas Gerais. Tivemos uma média de 420mm enquanto a média para o mês é em torno de 185 milímetros, não podemos dizer que foi o mais chuvoso da história, porque tivemos em 1979, 1985, 1997, mas desses últimos anos com certeza foi um dos meses de janeiro em que mais choveu. Mas é interessante considerarmos o número de dias com chuva, até hoje (27) podemos considerar que já choveu durante 22 dias e isso é um recorde histórico. Muitos dias com chuva na região”, avalia.

A chuva intensa e ininterrupta é causada por um fenômeno chamado Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que tem ficado posicionada sobre Minas Gerais, passando pelo Noroeste e Leste do estado, Central Mineira, Região Metropolitana de Belo Horizonte e, também, pelo Espírito Santo. Com isso, a previsão ainda é de grandes volumes de chuva acumulada, inclusive, superiores a 150 milímetros em alguns pontos, principalmente, no Leste mineiro e no Espírito Santo.

Efeitos da chuva
Entre o fim de dezembro de 2022 e este mês de janeiro, diversas cidades da região foram impactadas com os efeitos da chuva. Na madrugada da quinta-feira 19, moradores do distrito de Cava Grande, em Marliéria, voltaram a ver suas casas invadidas pela água e lama. Dias antes, residências na sede também foram impactadas. Na madrugada do dia 19 choveu cerca de 150 milímetros, em alguns locais, o nível da água subiu mais de um metro e meio, deixando a marca na parede das casas.

O município de Antônio Dias também é um da lista. Na madrugada de 25 de dezembro, Natal, durante chuva intensa, uma encosta desabou sobre quatro residências e matou quatro pessoas, além de deixar feridos na Vila Carvalho, na zona rural.

Já na madrugada de 8 de janeiro, outra destruição causada pela chuva na comunidade de Barra Grande fez mais uma vítima, elevando para cinco o número de vidas perdidas no período chuvoso em Antônio Dias. Na quarta-feira (25), o Inmet chegou a emitir alerta laranja para o perigo de chuvas intensas em 67 cidades mineiras. A previsão era de um volume de chuva entre 30 e 60 milímetros por hora ou até 100mm/dia. No Vale do Aço, entretanto, não foram relatados estragos nessa data.

Veja também:
Governo de Antônio Dias pede ajuda à Usiminas para reparar estragos provocados pela chuva
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Comentários

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Zoio de Zoiar

28 de janeiro, 2023 | 11:48

“Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.
Ambos existem; cada um como é.”

Cleyder

28 de janeiro, 2023 | 08:59

“Louvem a Deus pela chuva! Este Vale do aço é tão quente que se não houver chuvas ficaremos só com o pó preto e poluição notória das indústrias!”

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