15 de fevereiro, de 2023 | 08:40

Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil reforça importância do diagnóstico precoce

Divulgação Oncoclínicas
''Há em torno de 70% de chance de cura para nossas crianças e adolescentes'', afirmou o oncologista pediátrico Eduardo Ribeiro Lima''Há em torno de 70% de chance de cura para nossas crianças e adolescentes'', afirmou o oncologista pediátrico Eduardo Ribeiro Lima

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que serão registrados 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025. Deste total, 7.930 devem ser de câncer infantojuvenil (entre 0 e 19 anos de idade), 4.230 casos novos no sexo masculino e 3.700 no sexo feminino. Falar dessa doença, que também pode atingir crianças e adolescentes, tem importância especialmente para os pais, que são os responsáveis pelo cuidado com os pequenos. Por esse motivo, anualmente, desde 2002, em 15 de fevereiro o assunto é lembrado com o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil.

Segundo o Inca, o câncer na criança e no adolescente “corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais, que pode ocorrer em qualquer local do organismo”. Para falar sobre o tema, a reportagem do Diário do Aço ouviu dois profissionais da área médica.

Sintomas
O oncologista pediátrico Eduardo Ribeiro Lima, explica que os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil, muitas vezes, são confundidos com doenças comuns da infância. “Pode ser manifestado com sintomas inespecíficos, como febre, dor de cabeça, dores no corpo, dores ósseas”, disse. Então como suspeitar de algo? O médico explica: “o que chama atenção para a gente pesquisar uma possível causa oncológica é a questão de ser uma queixa mais persistente, e que não é explicada por causas mais comuns”, esclareceu.

Sendo assim, a recomendação do médico é procurar o pediatra diante de alguma suspeita. “Se eles notarem alguma coisa diferente na criança e se precisarem de alguma avaliação, o pediatra também é a primeira referência, e depois, se o pediatra suspeitar de alguma coisa com o aspecto oncológico, aí a gente é acionado, eles referenciam para os oncologistas e para os serviços de referência”.

Tipos mais comuns
Álbum pessoal
''Sempre é importante estar atento à nossa saúde e de nossos filhos'', lembra o clínico geral Celso José Cardoso Dilascio''Sempre é importante estar atento à nossa saúde e de nossos filhos'', lembra o clínico geral Celso José Cardoso Dilascio

Existem alguns tipos de câncer que são mais frequentes na infância. “O mais comum de todos é a leucemia, ela perfaz quase um terço dos casos de câncer na infância, seguido pelos tumores do sistema nervoso, tumores celebrais, da coluna. Depois vêm os linfomas e aí depois causas pouco menos frequentes, como um tipo que chama neuroblastoma, ou tumores ósseos, tumores renais, e aí depois outros mais raros, que são tumores no fígado, que é mais comum em criança pequenininha, da retina, alguns tipos de carcinoma, dentre outras”, listou.

Diagnóstico precoce e tratamento
O médico clínico geral, Celso José Cardoso Dilascio, alerta as famílias para a importância do diagnóstico precoce. “Como todos os casos de câncer, o importante é o diagnóstico precoce, que permite abordar a doença em seus estágios iniciais. Isso aumenta as chances de cura”. Para se ter uma ideia, de acordo com o Inca, cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos pela doença podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializado. “Os tratamentos têm evoluído bastante e novos medicamentos têm surgido com frequência. Tratar sempre é a melhor abordagem”, defendeu Celso.

Cuidados com a saúde
Por fim, ambos os profissionais recomendaram a prática de cuidados com a saúde, em todas as etapas da vida, e principalmente manter o acompanhamento médico. “Sempre é importante estar atento à nossa saúde e de nossos filhos. Diante de qualquer alteração devemos procurar um médico porque o diagnóstico precoce ajuda muito no tratamento”, argumentou Celso. Eduardo também deixou uma orientação. “É importante a gente ter hábitos de vida saudáveis, uma alimentação saudável, práticas esportivas e também, no caso das crianças, fazer um controle periódico com o pediatra”.
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