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15 de fevereiro, de 2023 | 22:00

Policial militar da reserva que matou advogado é autuado e encaminhado para prisão no 14º BPM

Wellington Fred + reprodução
O advogado Anderson Clayton, 38 anos, foi executado a tiros no Centro de Ipatinga, na manhã desta quarta-feira O advogado Anderson Clayton, 38 anos, foi executado a tiros no Centro de Ipatinga, na manhã desta quarta-feira

O policial militar da reserva, Joel Pereira dos Reis, de 66 anos, preso na manhã desta quarta-feira (15/2) logo depois de matar o seu ex-genro, o advogado Anderson Clayton Nunes Ferreira, de 38 anos, foi ouvido, autuado em flagrante por homicídio duplamente qualificado e encaminhado preso para a sede do 14º Batalhão da Polícia Militar, em Ipatinga.

O autor confesso do homicídio foi ouvido pelo delegado Marcelo Franco Marino, titular da Delegacia de Homicídios da PCMG em Ipatinga.

Procurado pela reportagem do Diário do Aço, o delegado disse que o crime foi cometido à vista de testemunhas e o autor confesso não demonstrou nenhum tipo de arrependimento por sua conduta. Quanto à arma usada na execução, um revólver calibre 38, estava irregular. Joel Pereira dos Reis não tinha a arma licenciada em seu nome.

A prisão em flagrante foi ratificada, mas como policial militar da reserva (serviu até 2009 em Belo Oriente), em vez de ir para o sistema prisional, como qualquer cidadão que cometa crime, será encaminhado para a sede do 14 BPM.

A primeira versão apresentada por Joel Pereira era que o advogado, então marido da filha, agredia a esposa, fato sobre o qual inexiste qualquer registro oficial no Estado de Minas Gerais. Ou seja, se a mulher era agredida no ambiente do lar, nunca registrou queixa ou boletim de ocorrência do fato.

Segundo o delegado, o que existe é um boletim de ocorrência registrado pelo próprio pai, na cidade de Joinville, noticiando uma suposta agressão sofrida pela filha, em Ipatinga. "Não é possível entender como foi registrada uma ocorrência de um fato ocorrido em outra cidade, em outro estado. Creio que esse expediente, de fazer o registro de ocorrência em outro estado já foi pensando no cometimento do homicídio e em uma forma de desqualificar o crime, de homicídio qualificado para homicídio privilegiado (quando o crime é praticado com motivação de relevante valor social ou moral)", enfatiza.

Já publicado:
-Homem que matou o ex-genro no Centro de Ipatinga disputava guarda de neto
-Advogado é executado a tiros no Centro de Ipatinga

Divórcio e mudança

A separação do casal se deu em 2020 e logo depois do divórcio, a mulher foi morar no Estado de Santa Catarina com o pai dela e Anderson reclamava que a distância o separava do filho. O avô não concordava em entregar a guarda para o ex-genro e o caso virou um litígio na Justiça. Por causa dessa pendenga, foram feitas diversas ameaças, até que uma delas se concretizou de forma trágica nessa quarta-feira, com o assassinato do advogado.

Para o delegado Marcelo Marino, foi cometido um homicídio duplamente qualificado, que é a emboscada e causação de perigo comum, com os disparos de arma de fogo em via pública com circulação de várias outras pessoas, gerando risco de alguém ser atingido também. A pena por esse crime varia de 12 a 30 anos de reclusão. Veja, abaixo, o vídeo com a íntegra da entrevista.

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Comentários

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Dodô

18 de fevereiro, 2023 | 13:19

“Coitado do garotinho, filho do advogado, como vai ficar o sentimento dele agora, ter o pai morto pelo avô.”

Paulo Silva

16 de fevereiro, 2023 | 12:43

“Quanto mais informatização mais mal informadas são as pessoas de hoje em dia.
Fico vendo os comentários de algumas pessoas que não sabem ler e interpretar um texto de jornal ou nem lê e já tiram suas conclusões sem saber do que estão falando.”

Alessandro

16 de fevereiro, 2023 | 11:34

“@Zé doido vc coloca um ex policial no convívio de preso comum e o mesmo que colocá-lo em uma jaula com leões”

Valdecir

16 de fevereiro, 2023 | 10:14

“Muito lamentável o desfecho! Poderiam ter encontrado outra saída. Basta os juízes em sua sala de conforto parar de aplicar medidas autoritárias. Medida projetiva não livra ninguém da morte. Teria que ter uma mediação de conflito nos fóruns, onde todos se reunissem e resolver o problema da melhor maneira.”

Zé Doido

16 de fevereiro, 2023 | 09:06

“ABSURDO!!!
O cara matou a sangue frio, premeditou o crime, veio à Ipatinga só pra executar o ex-genro e só porque é um PM aposentado vai ficar no 14º BPM?
Isso é o mesmo que o foro privilegiado dos políticos, um verdadeiro absurdo, tem de ir pro CERESP e lá sim, ter cela separada dos demais detentos visto que por ele ter sido PM, pode encontrar algum enclausurado que queira vingar desse, mas enfim, depois de ser julgado, tem de ir pra penitenciária e tanto lá quanto no CERESP o Estado deve zelar por sua integridade física.”

Juquinha

16 de fevereiro, 2023 | 04:39

“Delegado finalizou a reportagem com a palavra correta EXECUÇÃO, o assassino veio para matar/executar, a vítima que estava indo para seu ambiente de trabalho, se o ser humano tiver esta prerrogativa de matar, sem ser punido, por que sua lei pessoal é que vale, sua vontade, nossa sociedade está condenada, um crime hediondo, frio, covarde, que tenha uma punição exemplar.”

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