18 de fevereiro, de 2023 | 09:00

Infectologista orienta foliões para prevenção às infecções sexualmente transmissíveis

Tânia Rêgo/Agência Brasil
Nos dias de festa, o folião não deve deixar de lado os cuidados com a saúde Nos dias de festa, o folião não deve deixar de lado os cuidados com a saúde

Depois de adiar a folia por longos dois anos, por causa da pandemia de covid-19, uma parte considerável dos brasileiros está animada para uma das festas mais populares do país, o carnaval. Os dias de celebração prometem muita alegria, música e diversão. Mas além de levar consigo toda a animação e energia, o folião não pode se esquecer da proteção e dos cuidados com a saúde, principalmente com as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

As ISTs são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja infectada. O infectologista do hospital Felício Rocho, Leandro Curi, dá alguns exemplos: “São mais de uma dezena de ISTs que a gente tem cadastrada, numerada no mundo. A hepatite C, a hepatite B, a donovanose, a sífilis, o HIV, o HTLV, a gonorreia, a clamídia, o herpes genital e o HPV são algumas das ISTs”, listou.

Dados de Minas Gerais
Informações disponibilizadas pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) ao Diário do Aço mostram o crescimento nos casos de sífilis adquirida e de HIV, nos últimos anos, no estado. Em 2013 foram 2.297 registros de sífilis adquirida, já em 2022 foram 20.837 casos dessa infecção, um aumento de 807%. Os dados de HIV também demonstram crescimento: foram 1.434 casos em 2013, contra 3.285 em 2022, alta de 129%.

Prevenção é vasta
O infectologista ressalta que a prevenção a essas infecções é vasta e pode começar, inclusive, antes mesmo de o folião aproveitar a festa. “A pessoa pode se testar antes de cair na folia. Ela sabe que vai para a folia, que eventualmente vai beber mais, vai relaxar um pouco na prevenção, então pode ir ao médico e se testar, pedir para fazer o ‘screening’ (rastreio) de algumas doenças, entre elas algumas infeções sexualmente transmissíveis”, explicou.

Divulgação/ Hospital Felício Rocho
''A prevenção para si e para o outro é vasta'', afirmou o infectologista Leandro Curi ''A prevenção para si e para o outro é vasta'', afirmou o infectologista Leandro Curi

Outra forma de se proteger é bem conhecida e popular: o preservativo, também chamado de camisinha. “Seja ele o interno, que a gente chama de antiga camisinha feminina, ou externo, que a gente chamava antigamente de camisinha masculina. São ambas completamente seguras, ergonômicas, fáceis de usar e você previne da maioria das infecções na penetração”, explicou.

Existem ainda outras profilaxias, citadas pelo médico. “Além da vacinação para hepatite B, que todo mundo tem que estar em dia, a gente tem também a PEP e a PrEP. A PEP é a profilaxia pós-exposição. A camisinha estourou, esqueceu a camisinha, ela ficou lá dentro, ou aconteceu algum acidente com a caminha que ela perdeu a barreira dela... A pessoa pode procurar a Upa em até 72h após o ocorrido que vai iniciar um tratamento profilático para evitar infecções. E a PrEP, profilaxia pré-exposição, esse é um medicamento de uso diário para prevenir o HIV, especialmente”, esclareceu Leandro Curi.

Campanha
Nesta sexta-feira (17), o Ministério da Saúde iniciou a campanha de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), com o slogan "Voltou o carnaval e com camisinha a alegria é geral”. Em Minas Gerais, a SES-MG também promoverá ações de prevenção às ISTs. A Coordenação Estadual de IST/Aids e Hepatites Virais distribuiu insumos preventivos para todas as Unidades Regionais de Saúde do estado, que são responsáveis pela remessa para os municípios. Também foram enviados preservativos externos e internos, gel lubrificante, teste rápido para diagnóstico de HIV, triagem de sífilis e hepatites virais B e C.
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Comentários

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Doutor Bactéria

22 de fevereiro, 2023 | 11:17

“Tinho Mortadela, você deveria ter sido mais especifico no caso do pinga pus. O famoso pinga pus, conhecido como gonorreia, começa após esses desvairados foliões manter relação sexual (conjunção carnal) sem proteção (camisinha) alguma. O canal da uretra começar a arder (tipo um fogo) e após alguns dias extravasa uma secreção purulenta que fica pingando pela glande do pênis. Por isso é chamado de pinga pus, a gonorreia é também conhecida pelos nomes: blenorragia, uretrite gonocócica, esquentamento, corrimento, escorrimento e pingadeira. É uma doença causada por uma bactéria que afeta, principalmente, a uretra, tanto de homens quanto de mulheres.”

Tinho Mortadela

19 de fevereiro, 2023 | 07:49

“O famoso Pinga Pus”

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