23 de fevereiro, de 2023 | 15:00

Cortar feijão da dieta pode aumentar em 20% a chance de desenvolver obesidade, diz pesquisa

Antônio Cruz/Agência Brasil
A análise mostrou que o consumo regular de feijão é o mais indicado para um bom estado nutricionalA análise mostrou que o consumo regular de feijão é o mais indicado para um bom estado nutricional

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revela que deixar de comer feijão está associado ao ganho de peso. O estudo mostrou que o grupo que não consumiu o produto teve 10% mais chances de desenvolver excesso de peso e 20% mais chances de desenvolver obesidade. Por outro lado, o consumo regular de feijão, em cinco ou mais dias da semana, apresentou fator de proteção no desenvolvimento de excesso de peso (14%) e obesidade (15%). Os dados da pesquisa foram divulgados pela assessoria de comunicação da instituição.

Para a coleta de dados, foram utilizadas informações do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Os dados de mais de 500 mil adultos foram acompanhados entre os anos de 2009 e 2019, por meio de entrevistas por linha telefônica fixa.

A frequência de consumo semanal de feijão foi fragmentada em indicadores: não-consumo (zero dias por semana), baixo consumo (um a dois dias por semana), consumo moderado (três a quatro dias por semana) e consumo regular (cinco a sete dias por semana). A análise mostrou que o consumo regular de feijão é o mais indicado para um bom estado nutricional.

Consumo
Outra linha da pesquisa observou o consumo do item ao longo dos anos de 2007 a 2017 e identificou uma tendência preocupante. A previsão é que em 2025 o brasileiro deixe de comer feijão de forma regular e tradicional. Na análise por sexo, constatou-se que desde 2022 as mulheres já compõem majoritariamente os grupos de consumo inferiores ao regular. Para os homens, a estimativa de alteração é no ano de 2029.

Conforme explica a pesquisadora Fernanda Serra, a substituição dos alimentos naturais ou minimamente processados por ultraprocessados modifica o perfil alimentar da população, trazendo uma piora na qualidade da dieta. “A mudança de perfil alimentar se deve a praticidade que os ultraprocessados oferecem ao dia a dia. Então, pela falta de tempo, muitos optam por produtos prontos ou fáceis de serem preparados”, pontua.
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