20 de março, de 2023 | 14:09

Chegada do outono faz aumentar riscos para a população com alergia respiratória

Divulgação
A otorrinolaringologista da Usisaúde, Soraya Alves, alerta para a importância de prevenir as alergias respiratóriasA otorrinolaringologista da Usisaúde, Soraya Alves, alerta para a importância de prevenir as alergias respiratórias

A chegada do outono é um momento de alerta para a saúde de muitos brasileiros. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias tendem a sofrer de quadros alérgicos com mais frequência durante o período mais seco do ano. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), cerca de 30% dos brasileiros têm alguma alergia respiratória. Essa condição prejudica a qualidade de vida das pessoas com sintomas desconfortáveis, como coriza, congestão nasal, tosse seca, chiado, falta de ar, entre outros.

O cuidado com a saúde nessa época do ano deve ser redobrado para os portadores de doenças respiratórias. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a rinite afeta de 30% a 40% da população global. A entidade ainda classifica a asma como um grande problema de saúde no mundo. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, mais de 20 milhões de brasileiros são asmáticos.

Diante desse cenário, a otorrinolaringologista da Usisaúde, Soraya Alves, alerta para a importância de prevenir as alergias respiratórias. “Quando o ambiente fica mais seco, os agentes alérgenos e os fatores irritativos suspensos no ar se tornam mais evidentes”, explica. A médica aponta que a umidade mais alta consegue retirar essas partículas do ambiente, mas que o tempo seco faz com que eles se difundam com mais facilidade. “Por isso são comuns os quadros alérgicos nessa época mais seca e fria do ano”, completa.

Tratamento
Para tratar as alergias respiratórias de forma adequada, é preciso que um profissional de saúde estude a causa e indique a melhor forma de tratamento. As opções geralmente incluem procedimentos medicamentosos ou imunoterápicos, com vacinas de agentes alérgenos.

O engenheiro Fernando Marcos, de 42 anos, morador de Ipatinga, relata que faz uso diário de medicação protetora há mais de 15 anos. “Como a minha alergia é muito forte, minha otorrino intensifica a medicação de maio a setembro, que são os meses mais difíceis para mim”, explica. O paciente conta que esse cuidado mudou bastante sua qualidade de vida. “Eu espirrava o dia todo nessa época do ano. Hoje estou muito bem controlado, tendo pouquíssimas crises, mesmo em ambientes mais irritativos”, afirma.

Prevenção no dia a dia
A higiene ambiental é o principal cuidado preventivo contra as alergias respiratórias. Manter a casa limpa e arejada, e evitar locais e objetos que acumulam muito resíduo, como sofás peludos, cortinas e tapetes, é essencial. Outra boa opção é umidificar o ambiente, com uso de umidificadores ou mantendo uma vasilha de água nos quartos e cômodos. Tudo isso diminui a chance dos agentes irritativos se dispersarem com mais facilidade”, ensina Soraya.

A lavagem nasal regular, com uso de soluções salinas, também é útil para evitar quadros alérgicos e reduzir os sintomas durante as crises, aprimorando a qualidade de vida do paciente. E para quem sofre de crises alérgicas frequentes e prolongadas no outono e no inverno, também vale uma consulta com um especialista. “Dessa forma, é possível chegar a um diagnóstico preciso e, quando necessário, fazer o tratamento profilático, com o intuito de proteger o paciente de novas crises”, conclui Soraya Alves.

Alergias x gripes
Com alguns sintomas parecidos, alergias, gripes e resfriados são, muitas vezes, confundidas pela população. “Em geral, as alergias não vêm acompanhadas de febre e dores no corpo”, pontua Soraya Alves. “No entanto, em caso de dúvida, vale buscar orientação médica”, orienta.

É importante ficar atento à duração dos sintomas para distinguir um quadro do outro. As gripes tendem a durar entre cinco e sete dias, enquanto as alergias podem continuar, caso a exposição aos agentes irritativos não for solucionada. De toda forma, o importante é manter os cuidados básicos do dia a dia e, se houver crises mais intensas, buscar o atendimento médico para definir o tratamento mais indicado.
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