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22 de março, de 2023 | 08:00

Veterinária do IMA explica sobre as medidas de prevenção contra a gripe aviária

Agência Brasil
Aglomerações de aves em eventos estão proibidas por ser principal forma de transmissãoAglomerações de aves em eventos estão proibidas por ser principal forma de transmissão

A influenza aviária (H1N5) tem causado preocupação em vários países do mundo e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) vem tomando algumas medidas preventivas para impedir o alcance da doença no Brasil. A médica veterinária e fiscal do IMA, Izabella Hergot, fala ao Diário do Aço como funciona o risco de transmissão, ressaltando que o consumo da carne ou do ovo não apresenta perigo de contaminação.

Na última semana o IMA publicou uma portaria que estabelece a suspensão por 90 dias da participação de aves e suínos em eventos, como feiras, exposições e torneios em que possam ocorrer a aglomeração de animais. As medidas vêm sendo tomadas desde novembro de 2022, após o comunicado do Ministério da Agricultura sobre o risco de introdução do vírus no país.

A responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Avícola, Izabella Hergot explica que a medida foi adotada não apenas em Minas Gerais, mas em todos os estados que possuem polo de avicultura. “A portaria determina a proibição das aglomerações das aves porque a principal forma de transmissão da influenza aviária é o contato entre os animais. Dessa forma, evitamos a disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP – vírus H5N1)”, explicou a médica veterinária.

Riscos de contaminação
Mesmo não tendo registros de ocorrências em Minas Gerais, a profissional conta como o vírus pode se espalhar por meio da contaminação indireta: “Existe o risco de transmissão indireto por meio das pessoas que vêm de países de áreas infectadas e têm contato com as nossas aves domésticas aqui. Aves de vida livre em contato com as aves domésticas e as pessoas que transitam entre os países, pois, trazem a contaminação por meio de sapato, veículos, roupas e de áreas contaminadas”, detalhou Izabella.

Consumo sem risco
A médica veterinária do IMA afirma que os consumidores não precisam se preocupar porque o vírus dificilmente é transmitido por meio dos produtos. “Na maioria dos casos o frango é cozido, então o preparo do frango ou do ovo vai inativar o vírus, por sua vez os produtores devem se preocupar em manter as aves isoladas, justamente pra não ter contato com essas formas de transmissão que eu falei”, reforça.

Izabella Hergot explica ainda que o período de alerta vai durar, principalmente, nos próximos meses com a imigração, até maio ou junho, quando essas aves devem retornar para a América do Norte. “Porém, considerando que já houve a transmissão, precisamos pensar na tendência desse vírus continuar no hemisfério sul e por isso é preciso ter cuidado com essa contaminação indireta, ter cuidado para que não chegue as granjas”, ressaltou.

Sinais de alerta
Conforme dados do IMA a influenza aviária é uma síndrome respiratória nervosa, classificada como zoonose. Possui alta patogenicidade e o produtor rural deve estar atento aos sinais da doença em suas granjas. Morte súbita dos animais ou aumento da mortalidade em um período de 72 horas, depressão severa, apatia, diminuição ou ausência de consumo de ração e falta de coordenação motora são alguns dos indícios de infecção pelo vírus.
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