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26 de março, de 2023 | 00:01

Mercado fonográfico brasileiro arrecadou R$ 2,5 bi em 2022

Brasil alcança o top 10 da indústria global de música com crescimento de 15% no período

A Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil, apresenta o seu relatório anual sobre o mercado fonográfico brasileiro, que registra crescimento pelo sexto ano consecutivo. Em 2022, o setor arrecadou R$ 2,526 bilhões (US$ 489 milhões), um crescimento de 15,4% em relação ao ano anterior. Com esse resultado, o Brasil subiu duas posições no ranking geral da IFPI e agora ocupa o 9º lugar mundial na indústria de música. Os dados brasileiros integram o relatório anual do IFPI, entidade global responsável pela coleta e gestão de dados da indústria fonográfica mundial, lançado no último dia 21 de março.

Flaney Gonzalez/Som Livre
Gravação de Hugo & Guilherme e Marília Mendonça chegou ao topo das músicas mais tocadas no país em 2022Gravação de Hugo & Guilherme e Marília Mendonça chegou ao topo das músicas mais tocadas no país em 2022
A íntegra do relatório Mercado Fonográfico Brasileiro 2022 está disponível no site da Pro-Música. O crescimento do mercado brasileiro está acima da média mundial, segundo o relatório do IFPI. O levantamento internacional aponta que a indústria mercado global de música gravada cresceu 9% em 2022, impulsionado pelo crescimento do streaming por assinatura paga. Os números divulgados pelo Relatório Global de Música da IFPI mostram que as receitas comerciais totais para 2022 foram de US$ 26,2 bilhões. As receitas de streaming de áudio por assinatura no mundo aumentaram 10,3%, para US$ 12,7 bilhões, através de 589 milhões de usuários de contas de assinatura pagas, ao final de 2022. O streaming total (incluindo assinatura paga e suporte de publicidade) cresceu 11,5%, atingindo US$ 17,5 bilhões, ou 67% do total das receitas globais de música gravada.

O levantamento da Pro-Música aponta que, no Brasil, as vendas digitais e físicas cresceram 15,4% no país, totalizando R$ 2,2 bilhões em 2022. As receitas de execução pública para produtores, artistas e músicos somaram R$ 323 milhões, um aumento de 15,3% em relação a 2021. No total, o mercado fonográfico brasileiro atingiu R$ 2,5 bilhões, quase dobrando o seu faturamento nos últimos quatro anos (2019 a 2022). O relatório traz ainda o ranking das 200 músicas mais tocadas nas plataformas de streaming no Brasil em 2022. Confira o top 5 a seguir e acesse o site da Pró-Música para conhecer a pesquisa e a lista completa: “Mal feito” (ao vivo) - Hugo & Guilherme, Marília Mendonça; “Malvadão 3” - Xamã, Gustah & Neo Beats; “Vai lá em casa hoje” (feat. Marília Mendonça) - George Henrique & Rodrigo; “Bloqueado” (ao vivo) - Gusttavo Lima; “Molhando o volante” - Jorge & Mateus.

Streaming representa 86% das receitas

O streaming foi a principal responsável pelo crescimento do mercado, com as receitas 15,4% positivas e atingindo R$ 2,2 bilhões. As plataformas de streaming “on demand” continuam sendo a principal fonte de receita para a indústria fonográfica brasileira, representando 86,2% do total das receitas em 2022.

As receitas com assinaturas em plataformas digitais alcançaram R$ 1,343 milhão, com crescimento de 21,6% em relação a 2021. O faturamento gerado por streaming remunerado por publicidade chegou a R$ 447 milhões, com variação positiva de 35,2% em relação ao verificado em 2021. Já os vídeos musicais em streaming com interatividade, e remunerados exclusivamente por publicidade, geraram recursos de R$ 386,6 milhões em 2022.

As receitas de vendas físicas representaram apenas 0,5% do total das receitas da indústria fonográfica brasileira, com faturamento de R$ 11,8 milhões. No físico, os CDs foram o formato mais comercializado em 2022, com faturamento de R$ 6,7 milhões, seguido pelas vendas de discos de vinil, com R$ 4,7 milhões, e DVDs com vendas de R$ 0,4 milhão.

Segundo Paulo Rosa, presidente da Pro-Música Brasil, “as estatísticas do mercado de música gravada no ano de 2022, primeiro período após a pandemia de 20/21, continuam a mostrar a consolidação do streaming como formato amplamente dominante na distribuição de música em áudio ou vídeo no Brasil”. De acordo com o executivo, são seis anos consecutivos de crescimento no mercado brasileiro, com taxas sempre acima da média mundial do setor.

“Este crescimento, melhor dizendo, recuperação, é determinado pelo desenvolvimento do streaming como principal modelo de negócio do setor fonográfico atual. Crescem consistentemente tanto as receitas decorrentes de subscrições às plataformas como, também, aquelas geradas por publicidade. Igualmente determinante para este crescimento foi a retomada no nível de reinvestimento das empresas fonográficas em novos talentos artísticos, marketing, promoção de artistas e catálogos de gravações musicais”, conclui o executivo.
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