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23 de outubro, de 2021 | 10:00

Mesmo com exportação suspensa, preço da carne não apresenta redução para o consumidor final

Tiago Araújo
Nas casas de carne do Vale do Aço, valor do produto continua o mesmoNas casas de carne do Vale do Aço, valor do produto continua o mesmo

As exportações de carne brasileira para a China estão suspensas e sem previsão de retorno das vendas. A Associação de Frigoríficos de Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal (Afrig) garante que o preço do produto já apresentou queda no mercado, porém tal redução não chegou ao consumidor final que, por causa disso, tem comprado cada vez menos a proteína. A queda no consumo também é um dos problemas para o produtor.

O fechamento do mercado de venda de carne para o país asiático ocorreu após a confirmação de um caso da doença conhecida como vaca louca, registrado em um frigorífico de Belo Horizonte e confirmado no dia 4 de setembro. Um segundo caso também foi registrado em um frigorífico de Nova Canaã do Norte, no estado do Mato Grosso. Na época, os órgãos responsáveis no Brasil garantiram que não tinha riscos para a saúde humana e nem de transmissão para outros animais.

Em entrevista ao Diário do Aço, o presidente da Afrig, Silvio Silveira, afirma que, antes do registro dos casos, até 60% da produção nacional eram destinados à China. O dirigente entende que suspensão não era necessária, mas existe um protocolo firmado entre os dois países que determina essa situação no caso da doença Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como vaca louca.

A ausência de negociações com a China tem causado a desaceleração dos preços da arroba de boi gordo no mercado interno e prejudicado pecuaristas e frigoríficos. Com o corte nas exportações, Silvio Silveira explica que a arroba do boi caiu de R$ 320 para R$ 260 nas últimas semanas e que muitos produtores estariam com os estoques lotados, esperando a reabertura do mercado, no entanto tal medida continua sem previsão. Com a escassez dos cortes no mercado interno, os preços pagos pelos brasileiros permanecem distante da realidade de muitas pessoas.

No Vale do Aço o preço da carne continua alto, em um açougue no Centro de Coronel Fabriciano, o preço do contrafilé estava na faixa de R$ 49 e o corte acém é vendido a R$ 32 nesta sexta-feira (22). O proprietário reclama que a venda caiu em cerca de 50% nas últimas semanas.

Já publicado:
Aumento do preço da carne bovina altera preferências dos consumidores
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Comentários

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Carlos Roberto Martins de Souza

23 de outubro, 2021 | 12:23

“Tenho uma picanha maturada e estou alugando para quem quiser fazer selfie! Com o dinheiro, estou comprando pé de frango para ter osso na sopa! É assim a vida sob o governo de Boçal Naro!”

Jose Araujo

23 de outubro, 2021 | 11:57

“Ainda que resultem em falência, mas, abaixar os preços jamais. Esta classe é pior que banqueiros. O negócio é não perder um centavo sequer. Preferem vender 1.000 reais por mês a 60 reais um kilo, do que reduzir a 30,00 reais mas, venderem 2.000 reais. Empresários brasileiros são os mais burros do mundo. Já estão reclamando das vendas por despencarem, mas, a ganância os impedem de abrir mão um pouco de seus lucros. Isto sim, é a maior prova de amor ao dinheiro, a raiz de todos os males.”

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