02 de novembro, de 2021 | 09:00

À espera de melhorias, cemitério de Coronel Fabriciano carrega uma história de condições precárias

Silvia Miranda
Período chuvoso é propício a erosões que espalham lama em ruas próximas Período chuvoso é propício a erosões que espalham lama em ruas próximas

Com aspectos visíveis de deterioração, o cemitério Senhor do Bonfim, em Coronel Fabriciano, carrega problemas históricos em sua infraestrutura. Embora haja um projeto do governo municipal para reformar e ampliar a unidade, essa intervenção não deve ocorrer em menos de um ano, antes de ser liberada a área, atualmente ocupada pela Secretaria Municipal de Obras.

O cemitério Senhor do Bonfim está localizado no bairro Giovannini, ao lado da Escola Estadual Francisco Letro. O primeiro sepultamento ocorreu em setembro de 1965. Conforme a administração municipal, no cemitério existem atualmente mais de 50 mil pessoas enterradas e a cada mês são realizados uma média de 40 a 50 sepultamentos.
E assim como a sua história, as reclamações quanto a sua precariedade são antigas, principalmente no período chuvoso, quando moradores vizinhos ao cemitério relatam erosões, que provocam muita lama e enxurrada nas ruas. O assunto já foi tema de audiência pública na Câmara de Vereadores e a construção de um novo cemitério já foi projeto de outros prefeitos.

Mas agora a atual administração fabricianense anuncia a expansão e reforma do local, com a construção de um novo sistema para enterros de forma vertical. Antes, porém, tem feito um levantamento dos proprietários dos chamados jazigos perpétuos. Isto porque, no passado, as famílias geralmente com melhores condições financeiras faziam a compra de túmulos para enterrar seus entes queridos.

Silvia Miranda
Capelas-velório serão substituídas em futuro cemitério a ser construídoCapelas-velório serão substituídas em futuro cemitério a ser construído


O objetivo, conforme contou o secretário de Governança Urbana, Meio Planejamento e Meio Ambiente, Douglas Prado, é fazer uma atualização e identificar os devidos proprietários, pois muitos túmulos estão em condições precárias, com obras inacabadas ou abandonados. Posteriormente o Executivo pretende reformar o atual cemitério e construir uma nova área para sepultamentos, no formato vertical com sistema de gavetas.

Conforme Douglas Prado, o início das obras depende da transferência da Secretaria para um novo espaço, no loteamento Nova Fabriciano, nas proximidades da avenida Maanaim. “A Secretaria de Obras será instalada em uma área de 12 mil metros quadrados, onde já existe um projeto para a construção de galpões e prédio para o funcionamento dos setores administrativos como Jari, trânsito e fiscalização”, detalhou.

A construção da nova Secretaria está na etapa de terraplanagem e deve durar em torno de oito meses. Com isso a construção do novo cemitério só deve começar no segundo semestre do próximo ano. Após a abertura das novas instalações, o Senhor do Bonfim continuará funcionando e deverá enfim ser revitalizado, recebendo ações de calçamento, paisagismo e ambientação.

Duas mil gavetas

O governo municipal informo que trabalha na captação de recursos e estudos do projeto, mas a previsão é que o novo cemitério abrigue quatro blocos, com sepulturas em sistema de gavetário, com capacidade total para duas mil gavetas com controle eletrônico, área administrativa, ossuário, lanchonete, serviço de jardinagem e estacionamento. “Será um cemitério moderno, no estilo de cemitério parque, onde o corpo ficará por quatro anos e posteriormente será transferido para o ossuário, dando espaço para novos sepultamentos”, explicou Douglas Prado.

Capelas serão substituídas

As três capelas atualmente usadas para velórios serão substituídas por outras quatros novas a serem construídas em outra parte do terreno. Isso porque o atual espaço das capelas será ocupado pela futura ampliação. E durante as intervenções haverá locais adaptados para as famílias velarem seus parentes.

Ainda conforme Douglas Prado, depois de pronto, o novo cemitério seguirá o modelo de concessão pública, e deve ser administrado por uma empresa particular. O governo fabricianense ainda estuda a possiblidade de venda ou não de jazigos.

Crematório ainda está distante da realidade no Vale do Aço


Alternativa aos sepultamentos, ainda não há previsão para o funcionamento de um crematório no Vale do Aço. A empresária Sonja Ione Neves Barcellos Costa informou ao Diário do Aço que aguarda o processo de instalação do crematório para futuramente oferecer o serviço, onde funciona o cemitério particular Parque Vale da Saudade, no bairro Todos os Santos, em Coronel Fabriciano.

Enquanto isso, o serviço pode ser terceirizado por algumas funerárias do Vale do Aço, que levam o corpo para ser cremado em Belo Horizonte. O custo pode variar de R$ 5.000 a R$ 10.000, dependendo do crematório escolhido.
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