03 de novembro, de 2021 | 08:55

Os seis anos da maior tragédia ambiental brasileira

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Para que a data não seja esquecida, o poeta, escritor e dramaturgo José Carlos Aragão escreveu ''Rio Doce Rio''Para que a data não seja esquecida, o poeta, escritor e dramaturgo José Carlos Aragão escreveu ''Rio Doce Rio''

Às vésperas de completar seis anos, o trágico rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, ainda é uma história sem fim. Ações de reparação correm nas Justiças Brasileira e Inglesa, mas, em ambos os casos, ainda sem decisão final. Tampouco os moradores do povoado de Bento Rodrigues, no município de Mariana, receberam novas casas, como havia sido prometido. O povoado foi integralmente destruído pela lama da barragem rompida.

Na Inglaterra, a ação havia sido rejeitada ano passado, mas uma sentença publicada em 27 de julho último permitiu a reabertura do caso. Na Justiça Brasileira, a expectativa é de que ocorra uma repactuação do acordo de reparação, para que as indenizações possam ser pagas de forma mais ágil.

Para que a data não seja esquecida, o poeta, escritor e dramaturgo José Carlos Aragão escreveu “Rio Doce Rio”, livro na forma de um único e extenso poema, no qual ele lamenta o ocorrido, lamenta a não punição dos culpados e cobra a reparação dos danos – ambientais e humanos – causados pelas mineradoras Vale e Billinton, donas da Samarco.

Em seus versos, Aragão protesta contra a impunidade: Mas aqui a morte é outra/urdida nos gabinetes/na vileza da omissão/e na ambição desmedida/das grandes corporações). Aragão faz referência também aos que morreram e aos que perderam tudo no rompimento da barragem (cada um que ainda vive/com casa, comida e pensão/ainda vê no Fundão vazante/sepulto/um parente, um móvel/um cão).

Nesta quinta, 4, às 19h30, José Carlos Aragão participa da live “Rio Doce Rio: os seis anos da tragédia de Fundão”.

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