05 de novembro, de 2021 | 10:00

Superintendência de Saúde está em alerta contra a febre amarela no Vale do Aço

Arquivo DA
Apesar da febre amarela ainda não ter sido detectada em humanos na região, Ernany de Oliveira informou que é preciso ficar em alerta Apesar da febre amarela ainda não ter sido detectada em humanos na região, Ernany de Oliveira informou que é preciso ficar em alerta

Alguns municípios pertencentes à Regional de Saúde de Coronel Fabriciano registraram, nos meses anteriores, casos de primatas (macacos) que apareceram mortos com diagnóstico de febre amarela não humana. A informação foi confirmada, por meio de nota, pelo governo fabricianense. A febre amarela é uma doença viral aguda, transmitida ao homem e a primatas não humanos (macacos) por meio da picada de mosquitos infectados e não há transmissão direta entre pessoas, ou seja, não é infeciosa.

Conforme nota publicada esta semana pela administração municipal de Coronel Fabriciano, os macacos mortos encontrados servem de alerta em relação ao risco de propagação da doença febre amarela em humanos. “Se você encontrar algum primata (macaco) morto ou com sinais de enfermidade, ligue imediatamente para o setor de endemias da Secretaria de Governança da Saúde: 3406-7432. Não enterre, não manipule, nem descarte o animal”, adverte a nota.

“Não há surto”

O superintendente regional de Saúde, Ernany de Oliveira, informou ao Diário do Aço na tarde desta quinta-feira (4) que, no momento, não há surto de febre amarela na região. “No entanto, há uma preocupação com a possibilidade de um novo surto. Uma preocupação não só regional, mas no Estado e no país, porque vêm ocorrendo alguns episódios de macacos encontrados mortos, mas, felizmente, ainda não foi detectada a doença em humanos, porém, liga o sinal de alerta”, afirmou.

Cobertura vacinal

Ernany de Oliveira também esclarece que há vacina contra a febre amarela disponível no sistema público de saúde do Vale do Aço e que a cobertura vacinal de crianças, abaixo de um ano de idade, ainda não está ideal.

“Temos trabalhado na orientação junto aos municípios para que esses pacientes sejam vacinados, uma vez que são crianças abaixo de um ano. Há uma certa facilidade em encontrá-los porque fizeram pré-natal recente, dessa forma, existe toda uma rede de cuidado já estabelecida. Entendemos que é preciso dar uma intensificada na orientação de vacinar junto aos municípios e aos pais, para que levem essas crianças para se imunizarem contra febre amarela e demais doenças”, explicou.

Atenção

O superintendente regional de Saúde ressaltou que é preciso ficar muito atento à febre amarela, já que houve um surto recente dessa doença entre os anos 2017 e 2018. Nesse período, Minas Gerais somou 353 casos confirmados e 178 óbitos pela doença, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES). “Agora, quase no fim de uma pandemia [de covid-19], não podemos correr o risco de ter um novo surto provocado por outra doença, por isso temos trabalho muito com outros municípios, nessas últimas semanas, para que seja possível chamar a atenção deles. Conseguimos ter uma resposta positiva com relação à pandemia na nossa região e precisamos voltar as atenções para demais doenças e, principalmente, aumentar a cobertura vacinal na população, seja em criança, adolescente e adulto”, destacou.

Vacinação

A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela. As doses são disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à população. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, no qual a pessoa que recebeu uma dose da vacina antes de completar cinco anos está indicada à dose de reforço, independentemente da idade que tiver. Essa medida está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os adultos que já foram vacinados na campanha dos anos anteriores não precisam se preocupar.
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