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04 de novembro, de 2021 | 23:03

Bancas de jogo do bicho podem se tornar em cabines de leitura

Vereador de Campo Grande tem projeto para transformar bancas de jogo do bicho apreendidas em cabines de leitura.


Todo mundo sabe que o jogo do bicho apesar de ilegal segue a todo vapor, movimentando diariamente diversos apostadores que buscam não apenas a diversão, mas também ganhos com a modalidade.

Além disso, os resultados do jogo conhecidos popularmente como "deu no poste", hoje em dia podem ser encontrados na internet, com sites especializados no assunto, o que facilita ainda mais para que os apostadores usufruam da modalidade, mesmo não sendo considerada legal no Brasil.

Em dezembro de 2020, 87 cabines que eram utilizadas para o jogo do bicho em Campo Grande foram recolhidas durante a Operação Black Cat, pela equipe da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) junto ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e Polícia Militar.

Porém, o vereador Ronildo Guerreiro (Podemos) teve uma ideia para fazer dessa situação algo positivo. Ele pretende fazer as antigas bancas se tornarem cabines de leitura.

Transformando as bancas em cabines de leitura

O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) busca fazer as antigas cabines de jogo de bicho se tornarem em bibliotecas, sendo cabines de leitura, em Campo Grande. Para que o projeto se torne viável, ele solicitou ao poder judiciário do Mato Grosso do Sul mais informações sobre a situação das cabines apreendidas.

Ronilço Guerreiro afirma que é necessário ter criatividade para que façam com que livros cheguem até mais pessoas, e com as bancas é possível isso, já que as mesmas estão sendo destruídas por chuva e sol, se destruindo com o tempo, explica por meio de sua assessoria.

Ainda de acordo com o parlamentar, a sua ideia é que as cabines contenham pinturas em homenagem à fauna pantaneira.
“Caso seja autorizado trabalhar com elas, vamos plotar as cabines com desenhos dos animais de nosso Pantanal, assim fortalecemos duas situações: incentivo à leitura e ensinar quais são os animais que podemos encontrar em nossa região”, relatou Ronilço Guerreiro via assessoria de imprensa.

A história de Ronilço Guerreiro com a cultura não é de hoje, já que ele é o fundador da Gibiteca Mais Cultura, além de coordenar atualmente uma série de projetos de incentivo à leitura, entre eles, Bibliotecas nos Terminais, Freguesia do Livro, Vanteca, Livros Carentes, entre outros.

Para tornar real o sonho das cabines de leitura, o parlamentar ainda ressalta que não precisa necessariamente de todas as 87 bancas recolhidas, mas que a quantidade que for doada poderá ser trabalhada.

“Podemos fortalecer a leitura nas escolas, nos supermercados, em vários locais. Tenho certeza que terão uma boa utilização em nossos projetos”, finalizou o vereador.

Jogo do bicho é tradicional, porém, ainda é illegal

O jogo do bicho começou no dia 3 de julho de 1892, em um zoológico da Vila Isabel, quando o Barão João Batista de Drummond queria estimular a visitação no local, então pensou em alguma forma de atrair mais público. Dessa forma, ele pegou como base uma ideia de “Loteria das Flores”, idealizada por Manuel Ismael Zevada, um mexicano, fazendo sorteios em bilhetes baseados nos bichos como figura.

O jogo pegou rápido e espalhou por todo o Brasil, mas desde o dia 3 de outubro de 1941, passou a ser declarado como "prática ilegal", inclusive, com prisão como uma das penas.

Porém, mesmo assim, o jogo do bicho jamais deixou de ser praticado, reunindo cada vez mais apostadores. Atualmente, o mesmo usa os sorteios da loteria federal para definir os ganhadores, obviamente, sem o consenso do Governo, com cada bicho correspondendo a um número.

Existe a expectativa que o país possa legalizar os jogos de azar em breve, inclusive o do bicho, mas hoje a prática segue sendo ilegal, o que não inibe os apostadores.
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