09 de novembro, de 2021 | 17:40

Vídeo mostra marcas de cabos da rede elétrica em hélice do avião que levava Marília Mendonça e mais quatro pessoas

Reprodução

Resgatados das proximidades da cachoeira do córrego do Lage, em Piedade de Caratinga, os fragmentos do Beechcraft King Air C90 de prefixo PT-ONJ passam por perícia do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – Cenipa. O objetivo é analisar as possíveis causas da tragédia que abalou o Brasil com a morte da cantora Marília Mendonça, e de outras quatro pessoas que estavam no avião, o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Filho, o produtor Henrique Ribeiro, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto, Tarciso Pessoa Viana.

O avião no qual viajavam a cantora Marília Mendonça e parte da equipe, que caiu na sexta-feira (5/11) em Caratinga, foi encontrado com cabos elétricos enrolados no eixo do motor. Um vídeo feito junto aos destroços também mostra que as pás das hélices apresentam marcas de terem atingido a rede de cabos.

Os motores do avião, fabricado em 1984, foram as últimas peças a serem recolhidas, na tarde de segunda-feira (8). Um deles caiu em uma área de mata fechada após se soltar da aeronave, em decorrência da colisão com os fios da torre de transmissão de energia da Cemig. O segundo motor estava submerso na cachoeira.

Os investigadores evitam confirmar que se os fios encontrados enrolados no motor são da rede da Cemig. Preferem aguardar o resultado do laudo da perícia. Na sexta-feira, a concessionária do serviço de energia confirmou, por meio de nota, que a aeronave atingiu a rede elétrica, embora ela estivesse instalada fora do Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo.

Conforme o mapa divulgado pela empresa, a zona de proteção, onde não se pode ter redes de transmissão de energia tem quatro quilômetros ao redor do aeródromo. O ponto de colisão na rede fica a cinco quilômetros aéreos da pista.



Show

A cantora Marília Mendonça e sua equipe viajavam a Caratinga, para uma apresentação na noite de sexta-feira (5). Horas antes da apresentação, a viagem foi interrompida com a queda da aeronave. A investigação, tanto da Polícia Civil quanto da Aeronáutica, ainda não definiu se o desastre foi provocado pelo choque entre o avião a linha de transmissão de energia ou se por outro motivo o piloto voava abaixo do que prevê a rampa de aproximação do aeródromo e por isso atingiu a rede, que também não tinha esferas de alerta.

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Jones

09 de novembro, 2021 | 19:06

“Quem trafega pela BR-381, no trecho no distrito de Cachoeira Escura, avista as esferas diurnas instaladas na rede elétrica, destinadas à sinalização visual para evitar a colisão de aviões, helicópteros, balões, etc., com o sistema de transmissão localizada próxima da Casa de Hóspedes da Cenibra.
O zelo da segurança, neste caso, é digno de crédito, apesar de não existir proximidade de pistas de pouso no entorno.
De forma diversa, registra-se a dispensa dos sinalizadores na região vizinha do fatídico Aeroporto Regional de Ubaporanga, que não possui nenhuma empresa operando voos comerciais regulares.”

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