11 de novembro, de 2021 | 15:05

Polícia Civil identifica mais uma vítima da tragédia em Brumadinho

Reprodução
Homem de 55 anos à época do rompimento da barragem foi reconhecido por meio de DNAHomem de 55 anos à época do rompimento da barragem foi reconhecido por meio de DNA

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) identificou, nesta quarta-feira (10), mais uma das vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em 2019. Um homem, de 55 anos à época da tragédia, foi identificado por meio de exames de DNA após 1.021 dias de missão.

O mecânico Uberlandio Antônio da Silva, natural de Linhares (ES), foi localizado pelo Corpo de Bombeiros Militares de Minas Gerais (CBMMG) no último dia 2/10, quando foi encaminhado ao Instituto Médico Legal Dr. André Roquette (IMLAR), em Belo Horizonte.

Conforme destaca a diretora do Instituto de Criminalística (IC) da PCMG, perita criminal Carla Vieira, trata-se de um trabalho minucioso e complexo desde a fase inicial. “Seguimos um protocolo técnico para identificar de forma qualificada e com confiabilidade essas joias, para assim trazer uma resposta às famílias”, diz. Joias são como os familiares se referem aos entes perdidos. Esta é a 263ª identificação realizada pela PCMG. Restam sete joias a serem identificadas.

Procedimentos

"É um processo que pode levar um tempo porque temos de repetir os exames várias vezes, comparando com o material genético dos familiares, até termos a certeza de que se trata daquele indivíduo”, explica o perito criminal Higgor Dornelas.

Ainda de acordo com Dornelas, o procedimento rigoroso atesta que se trata de uma nova identificação e não uma reidentificação, como pode ocorrer em muitos casos. “Até o momento, já analisamos mais de mil amostras e continuamos trabalhando com outros 20 a 30 materiais”, adianta.

A perita criminal Ângela Romano, que esteve no ponto de localização do corpo para os exames iniciais, afirma que, em muitos casos, objetos e vestuários particulares podem dar indicativos para a identificação formal, o que tende a ser mais raro na atual fase de resgate. “As roupas, adereços, alianças e outros elementos de uso pessoal que as famílias nos informam podem sim indicar uma possível identificação. Contudo, sempre obedecemos às três fases de reconhecimento: impressão digital, odontologia legal e, por fim, exame de DNA”, esclarece.
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