07 de dezembro, de 2021 | 16:03

Bonita festa

Fernando Rocha


Uma belíssima festa da torcida do Galo para comemorar o bicampeonato brasileiro e bater novo recorde no Mineirão, que recebeu 61.573 torcedores para uma renda de R$ 8.818.854,25, a maior em toda a era dos pontos corridos, iniciada em 2003.

O jogo foi emocionante e o time do Galo não decepcionou a torcida, vencendo o Bragantino por 4 x 3, onde mais uma vez brilhou a estrela do craque Keno, o destaque da partida ao fazer um, dar passe para Zaracho marcar outro, e ainda ter participação efetiva na tabela em alta velocidade, que resultou no terceiro gol marcado por Savarino.
Hulk ficou no banco de reservas até o início do 2º tempo, quando entrou no lugar de Diego Costa e deixou sua marca com um belíssimo gol, encobrindo o goleiro Clayton e dando números finais à partida.

No auge

Foi o penúltimo jogo do Galo neste Campeonato Brasileiro que venceu com o pé nas costas, até aqui 11 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, Flamengo, demonstrando ter chegado no auge da forma física e técnica de seus jogadores, bem como em relação ao trabalho do técnico Cuca e sua comissão técnica.

O atual time alvinegro tem tido um repertório de jogadas e de armação tática bem diversificado, além de um acerto nos passes impressionante.

O técnico Cuca recebeu uma herança boa do ponto de vista tático do argentino Jorger Sampaoli, conseguiu equilibrar e melhorar o time em todos os setores e administrar o elenco, em função do grande número de jogos, ao escalar quase a força máxima em todas as competições disputadas. Dá gosto ver o atual time do Galo jogar.

FIM DE PAPO

A pressão e a ansiedade ficaram no jogo do título contra o Bahia. Neste domingo, mesmo quando estiveram atrás do marcador, os jogadores passavam a confiança de que poderiam marcar a qualquer momento e mudar a situação. Artilheiro absoluto da competição com 19 gols e melhor jogador da atual temporada no futebol brasileiro, Hulk fez outro golaço e merece toda a adoração e reconhecimento da massa atleticana.

Como não há time perfeito, outra vez a dupla de zaga formada por Natan Silva e Alonso foi o ponto fraco, ao falhar novamente, sobretudo no segundo gol do Bragantino. Este é o principal problema a ser corrigido pelo técnico Cuca a curto prazo, visando à decisão da Copa do Brasil contra o Athletico/PR, que começa no próximo domingo. Natan está fora por ter já participado da competição, Réver, fora de forma, entrou em campo no último domingo apenas para levantar a taça e Igor Rabelo não inspira confiança.

O título de bicampeão nacional do Atlético, conquistado depois de uma espera anormal de 50 anos, não merece nenhuma contestação. No entanto, uma minoria de colegas da imprensa do eixo Rio/SP cita os 11 pênaltis marcados a favor do Galo pela arbitragem, como algo diferenciado a seu favor. Este argumento cai totalmente por terra, quando se vê que, em 2020, o Flamengo conquistou o título e teve favoráveis 10 pênaltis. O que houve agora foi um equilíbrio no tratamento ou a ruindade da arbitragem nacional distribuída em bônus para todos.

O Atlético-MG pode se igualar ao Cruzeiro e se tornar o segundo clube a conquistar o Brasileirão e a Copa do Brasil no mesmo ano. O único a fazer isso até agora é, justamente, o grande rival atleticano. O Cruzeiro venceu o primeiro Brasileiro por pontos corridos da história, em 2003. Fez 100 pontos, mas em um campeonato com 24 participantes, e não 20, como acontece atualmente.

Em 26 jogos, somou 13 pontos a mais do que o vice-campeão Santos. Na Copa do Brasil, a final do time comandado por Vanderlei Luxemburgo na época foi contra o Flamengo. No Maracanã, em 8 de junho, houve empate por 1 a 1, gols de Fernando Baiano para o mandante e Alex para o visitante. Na volta, em 11 de junho no Mineirão, o Cruzeiro venceu por 3 a 1, gols de Deivid, Aristizábal e Luisão (Fernando Baiano descontou), e levantou o troféu. (Fecha o pano!)
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