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10 de dezembro, de 2021 | 13:31

Dono de pousada em Antônio Dias é condenado a mais de 18 anos de prisão por homicídio

Reprodução
Amilton Martins de Souza, o Ita, tinha 46 anos e foi assassinado a caminho de sua casa, em São Joaquim da Bocaina, Antônio Dias Amilton Martins de Souza, o Ita, tinha 46 anos e foi assassinado a caminho de sua casa, em São Joaquim da Bocaina, Antônio Dias

O Tribunal do Júri da Comarca de Coronel Fabriciano condenou Daniel Márcio Assis Tavares, de 40 anos, a mais de 18 anos de prisão pelo homicídio de Amilton Martins de Souza, o Ita, de 46 anos. O crime foi praticado no dia 25 de fevereiro deste ano na estrada de acesso à localidade de São Joaquim da Bocaina, na zona rural de Antônio Dias.

Como divulgou o Diário do Aço à época, a vítima foi morta dentro de uma caminhonete VW Saveiro de cor preta. Amilton foi assassinado com cerca de 20 tiros. No local, a perícia da Polícia Civil recolheu 18 cartuchos deflagrados de arma calibre 380. O corpo do homem só foi identificado no Instituto Médico-Legal em Ipatinga.

Defesa anuncia recurso

Em nota enviada à redação do Diário do Aço, a defesa do comerciante anuncia que já recorreu da decisão do Tribunal do Júri. A íntegra da nota é a seguinte: "A defesa, inconformada com a decisão, já recorreu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais e entende que a decisão do Tribunal do Júri foi manifestamente contrária à prova dos autos e confia na justiça".

Daniel foi preso em uma operação da Polícia Civil

Investigado como suspeito do crime, o comerciante Daniel Assis foi preso em uma operação da Polícia Civil, em São Joaquim da Bocaina, realizada no dia 26 de março passado.

As investigações coordenadas pelo delegado Washington Moreira, da Delegacia de Homicídios de Coronel Fabriciano, indicaram que o crime teria sido motivado pela suspeita de Amilton ter participado de um roubo ocorrido na pousada de propriedade de Daniel.

O assalto foi praticado em setembro de 2020 e levou à prisão quatro pessoas investigadas por envolvimento no crime. O possível envolvimento de Amilton com o roubo não se comprovou nas investigações policiais.

Com Daniel, os policiais civis apreenderam na época duas armas de fogo, uma de calibre 9mm e outra de calibre .40. Havia uma terceira arma em nome do investigado, mas ela não foi localizada. Essa arma é uma pistola de calibre 380, mesmo calibre dos cartuchos encontrados junto ao corpo de Ita. Em depoimento, Daniel negou ter envolvimento com o assassinato de Amilton Martins.

Condenado no Tribunal do Júri

Denunciado à Justiça, o réu foi julgado por homicídio duplamente qualificado, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, na sexta-feira (3) no Tribunal do Júri presidido pelo juiz de Direito Wagner Mendonça Bosque. Trabalhou na acusação o representante do Ministério Público de Minas Gerais. Paulo Elias.

Daniel foi defendido pelos advogados Ignácio Luiz Gomes de Barros Júnior, Miriam de Assis Tavares e Renato Schwartz, conforme as informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O Conselho de Sentença não acatou as alegações da defesa e considerou o réu culpado pelo assassinato de Amilton.

O juiz sentenciou o réu a uma pena de 16 anos, mas devido os agravantes, Daniel teve a pena definitiva fixada em 18 anos e oito meses de prisão no regime inicial fechado. A condenação ainda é passível de recurso.

Daniel já se encontrava preso mediante uma ordem de prisão preventiva desde o mês de março e vai aguardar, recolhido ao Sistema Prisional, o período de recurso da sua defesa em relação à decisão da Justiça.

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