13 de dezembro, de 2021 | 17:18

Para prevenir avanço da ômicron, Estado intensifica campanha para reforço da vacinação

Fábio Marchetto
Governo mineiro também estuda reduzir o intervalo entre a segunda ou dose única para a dose de reforçoGoverno mineiro também estuda reduzir o intervalo entre a segunda ou dose única para a dose de reforço

O Governo de Minas vai lançar, nos próximos dias, campanha para que a população complete e reforce o esquema vacinal contra a covid-19. A estratégia, divulgada em coletiva de imprensa realizada na Cidade Administrativa, nesta segunda-feira (13), tem o objetivo de prevenir casos da variante ômicron (B.1.1.529) em Minas Gerais.

Secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, afirmou que a cepa já teve 12 casos confirmados no Brasil, nenhum em Minas. De acordo com estudos preliminares, a ômicron possui maior infectividade, e a eficácia da vacina é maior em quem estiver imunizado com a dose de reforço – atualmente administrada em Minas Gerais a quem completou o esquema vacinal com duas doses há pelo menos cinco meses.

Baccheretti informou que há quatro casos suspeitos da variante no Estado. São dois homens e duas mulheres que chegaram recentemente da África, sendo que dois vieram da África do Sul, uma de Gana e outra de Moçambique. Os quatro testaram positivo para covid-19 e, seguindo os protocolos sanitários, foram coletadas amostras para sequenciamento genético e identificação da cepa. Os materiais coletados estão sendo processados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e a previsão é a de que seja possível identificar a variante em até sete dias. Os casos já foram comunicados ao Ministério da Saúde e os pacientes estão em isolamento domiciliar.

“Diante da ômicron, que ainda não está em nosso Estado, mas vai chegar em algum momento, estudos prévios parciais demonstram que a dose de reforço dá uma capacidade imunológica muito maior às pessoas”, afirma o secretário, destacando que a imunização completa reduz também a chance de internação hospitalar.

Redução de intervalo

Minas conta com 33 milhões de doses aplicadas, imunizando 91,25% da população de 12 anos ou mais com ao menos uma dose, e 81,31% desse público-alvo com a segunda dose ou dose única. Os índices da segunda dose registraram uma aceleração graças à estratégia de redução do intervalo para 21 dias. A partir da avaliação dos impactos da ômicron, Minas Gerais também estuda reduzir o intervalo para a dose de reforço de cinco para quatro meses.

Outra estratégia que poderá ser adotada nas próximas semanas é a imunização de crianças de 5 a 11 anos. Baccheretti destacou que a decisão depende da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deve emitir um parecer no sábado (18) com a autorização da aplicação da vacina contra a covid-19 para esta faixa etária.
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