14 de dezembro, de 2021 | 15:24

Secretaria de Saúde de Ipatinga alerta para o crescimento de casos de sífilis congênita

Divulgação
Em Ipatinga, neste ano a taxa de incidência de crianças que nasceram com a doença saltou de 20,3% para 35,44%Em Ipatinga, neste ano a taxa de incidência de crianças que nasceram com a doença saltou de 20,3% para 35,44%

Nesta terça-feira (14), Secretaria de Saúde de Ipatinga lançou um alerta para chamar a atenção quanto ao aumento da incidência de casos de sífilis (Doença Sexualmente Transmissível - DST) nos últimos meses, no município.

A sífilis é transmissível por contato íntimo e a melhor maneira de se proteger é não desprezar o uso de preservativos (camisinhas) nas relações sexuais. A infecção é causada por uma bactéria, e tem cura. A testagem é a principal forma de diagnóstico e pode ser realizada nas unidades de saúde, orienta a pasta.

De 2010 a 2020, o Brasil registrou 783 mil casos de sífilis adquirida – aquela decorrente do sexo –, com crescimento significativo da doença. Em 2010, foram 3.925 ocorrências dessa infecção e, uma década depois, o número subiu para 152.900, total 39 vezes maior. As informações foram levantadas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com base em dados do Ministério da Saúde.

Em Ipatinga, o secretário de Saúde, Cléber de Faria, informa que em 2021 a taxa de incidência de crianças que nasceram com a doença saltou de 20,3% para 35,44%. “A sífilis congênita preocupa bastante. A doença pode trazer sequelas quando transmitida de mãe para filho. O ideal é que a mulher inicie o pré-natal rapidamente, realize todos os exames recomendados e complete o tratamento, assim como seu parceiro”, explicou.

Adesão do parceiro

A Secretaria de Saúde ressalta que somente o diagnóstico precoce e a adesão da gestante e seu parceiro ao tratamento garantem a prevenção para a transmissão vertical da doença, isto é, da mãe para o bebê, durante a gestação. Se só a gestante aderir ao tratamento, ela corre o risco de se tratar e ser infectada novamente, por isso a necessidade de tratamento do parceiro. Para evitar que isso ocorra, a recomendação é que o casal busque o teste rápido na sua unidade de saúde de referência.

“Mesmo que não haja nenhum sintoma, é importante fazer o teste de sífilis, que está disponível em nossas unidades de saúde. Principalmente pais e mães que esperam por um bebê precisam diagnosticar a doença o quanto antes, para que o tratamento seja o mais rápido possível, preferencialmente nos primeiros três meses de gestação”, alerta o secretário de Saúde.
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