16 de dezembro, de 2021 | 13:30

Jovem é assassinado a tiros em Timóteo durante a madrugada

Sargento PM é suspeito de ser o autor do assassinato ocorrido logo que a vítima saiu de um bar no bairro Recanto Verde

Reprodução
Marcos Túlio, de 24 anos, morreu depois de ser encaminhado ao hospitalMarcos Túlio, de 24 anos, morreu depois de ser encaminhado ao hospital

Marcos Túlio Silva, de 24 anos, foi assassinado a tiros na madrugada desta quinta-feira (16) na rua Murici, no bairro Recanto Verde, em Timóteo. A vítima chegou ser socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Vital Brazil. A família acusa um sargento da Polícia Militar como o suspeito de ser o autor do crime, inclusive, um advogado do militar já informou ao comando da PM de Timóteo que seu cliente vai se apresentar para dar a sua versão do fato.

A reportagem do jornal Diário do Aço apurou que o acionamento da PM ocorreu por volta de 1h30, quando populares informaram sobre uma pessoa baleada no Recanto Verde. Com a chegada das viaturas, apurou-se que a vítima havia sido socorrida por populares em um carro particular e, no trajeto do hospital, o ferido foi repassado para uma ambulância do SAMU, que concluiu o transporte do jovem.

Os médicos constataram cinco perfurações de entrada e saída do corpo da vítima, duas na perna esquerda, tórax e antebraço, ambos no lado esquerdo. O ferido, que ainda estava consciente, disse que não sabia quem seria o autor do crime. Pouco depois, durante atendimento médico, ele não resistiu e morreu.

O relato das testemunhas

Os policiais militares conseguiram localizar testemunhas em um bar onde se encontrava o jovem, momentos antes de ser ferido a tiros. Essas pessoas contaram que o jovem estava no estabelecimento, bebendo na companhia de outras pessoas. O jovem saiu do estabelecimento caminhando sozinho, quando populares escutaram três disparos de arma de fogo.

Ao sair para ver o que ocorria encontraram o rapaz ferido nas proximidades da esquina da rua Murici com a rua Manacá. Inicialmente, as testemunhas alegaram que não viram o autor do crime. No local foi encontrado um cartucho deflagrado de calibre .40.

Os familiares informaram aos policiais militares que Marcos Túlio seria dependente químico há poucos anos, mas não tinha qualquer desavença. Eles entregaram mais dois cartuchos deflagrados de calibre .40, localizados no local do crime.

Os parentes também denunciaram que o autor do crime seria um sargento da PM. O militar teria sido visto em um carro de cor prata, parado próximo ao bar, e que disparou os tiros ao abaixar o vidro do veículo. Apesar desta denúncia, a família não informou aos policiais a possível motivação do caso.

Os PMs confirmaram que o sargento denunciado, o J.H.F.B., de 47 anos, que está de posse de uma pistola calibre .40 e com um carregador com 12 cartuchos, armamento pertencente à Polícia Militar. O suspeito foi procurado em sua casa, mas ele não foi localizado até o momento.

Advogado vai apresentar o sargento para dar versão do crime



O Diário do Aço procurou o comando da 85ª Companhia PM de Timóteo, onde o sargento é lotado. O major Werner confirmou que o policial militar, que possui mais de 20 anos de serviços na corporação, é o suspeito do crime. Inclusive, um advogado já informou que o sargento vai se apresentar para dar a sua versão do ocorrido.

Inicialmente, o oficial informou que o sargento estava de folga e à paisana no momento do fato. Confirmada a participação do suspeito no crime, o militar deverá responder pelo homicídio na Justiça comum.

Apurou-se, inicialmente que os dois envolvidos tiveram um desentendimento, mas o que levou a esta situação ainda não foi esclarecida.

“Houve tentativa de localizar o autor, mas sem sucesso. Neste tempo, um advogado esteve no quartel e confirmou que o militar vai se apresentar oportunamente”, disse o major ao Diário do Aço, esclarecendo que não há registros de conflitos entre o sargento e a vítima.
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Comentários

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Justiça

18 de dezembro, 2021 | 11:41

“Apresentou? E aí? Ficou preso, com certeza não vai dá em nada”

Ana Rita Vale

16 de dezembro, 2021 | 11:21

“Numa crise de emprego dessas um profissional com mais de 20 anos de carreira, numa corporação sólida como a PMMG (um sonho de muita gente), coloca o pescoço em risco. Será que a treta entre eles era tão grande, que valeu a pena tudo isso? Dificilmente escapa da condenação e a consequente perda da função no serviço público.”

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