19 de dezembro, de 2021 | 07:00

Ano mágico

Fernando Rocha

O ano de 2021 do Atlético foi excepcional, com a conquista de três títulos, quebras de recordes, fim do jejum de 50 anos sem ganhar o Campeonato Brasileiro. Enfim, foi, de fato, um ano mágico para os alvinegros.

O início foi o que se pode chamar de “turbulento”, com a saída do técnico Jorge Sampaoli e a chegada de Cuca, cujo mérito foi aperfeiçoar o legado deixado pelo argentino, dando ao time equilíbrio, sobretudo, no setor defensivo, agregado em valores pela chegada de reforços pontuais, como o craque Hulk, artilheiro e principal jogador da temporada no futebol nacional, que fizeram do Galo uma equipe vencedora e campeã em, praticamente, tudo o que disputou.

A diretoria, comandada pelo presidente Sérgio Coelho, com o apoio fundamental dos “4 erres” - Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador -, tem agora a enorme responsabilidade de dar sequência na próxima temporada a esta base de sucesso, com a responsabilidade de ter atingido um patamar ainda maior após as taças levantadas.

Muitas incertezas

O ano de 2021 termina, outra vez, cheio de incertezas para o Cruzeiro, que não conseguiu o acesso à elite do futebol nacional e vai disputar a Série B pela terceira vez consecutiva, em 2022.

Há somente dúvidas no ar, a começar pelo time, que já está sendo montado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo e o diretor de futebol Alexandre Mattos, mas depende de um aporte financeiro para pagamento de dívidas na Fifa, que impedem o clube até de registrar os atletas pretendidos, para que tenham condições de jogo.

Fora de campo, a diretoria conseguiu dar um passo importante à frente, ao aprovar, junto ao Conselho Deliberativo, o aumento de percentual para venda do controle acionário em até 90%, visando à transformação para clube-empresa através da SAF, atendendo uma sinalização do mercado.

Agora só resta ao torcedor cruzeirense elevar o pensamento aos céus, rezar, torcer para que, dentro do menor prazo possível, apareça um investidor interessado em comprar, investir no clube os milhões de reais necessários para montar um grande time, obter logo o acesso à Série A e retomar o caminho de vencedor, de clube gigante que todos sabemos que é.

FIM DE PAPO

O ano do futebol terminou, novamente, com o registro de cenas lamentáveis, ocorridas em Curitiba, onde um grupo de torcedores do Athletico-PR praticou atos de violência e de racismo contra atleticanos que foram torcer pelo Galo na final da Copa do Brasil. Além de atirar pedras e outros objetos no ônibus que transportou os jogadores alvinegros até a Arena da Baixada, vândalos locais dispararam até tiros contra outro coletivo que levava torcedores do Galo.

Não se deve generalizar, pois a grande maioria da torcida do Furacão é composta de gente do bem. Mas, lá como cá, existem esses marginais que se aproveitam da omissão das autoridades e da impunidade, para aprontar e praticar atos de selvageria. Teve ainda mais sacanagens contra torcedores do Galo, praticadas pela Polícia Militar-PR e pela administração da Arena da Baixada. A PM se omitiu e não deu a devida proteção aos torcedores do Galo, como fez a mesma instituição de nosso Estado em relação aos paranaenses, no jogo de ida no Mineirão. A direção do belo estádio do Furacão barrou cerca de 200 torcedores do Galo, que viajaram mais de 1.000 km de ônibus e de automóveis até Curitiba, mas foram impedidos de entrar no estádio mesmo com ingressos na mão.

A temporada terminou de maneira positiva para o América, que tinha por objetivo principal permanecer na Série A, em 2022. Não só conseguiu, mas, também, obteve uma vaga para disputar a pré-Libertadores, o primeiro torneio internacional em sua história. Este 2021 foi, também, um ano para ficar marcado na história do Tombense, representante da pequena, bela e acolhedora Tombos, de apenas 10 mil habitantes, localizada na Zona da Mata mineira, que conseguiu o acesso à Série B nacional. E o Ipatinga? Outra vez naufragou na tentativa de voltar à elite do futebol estadual e vai continuar na segunda divisão no próximo ano.

Vamos aproveitar que o futebol entrou em recesso e, pela primeira vez, tirar férias por um breve período. Agradecemos aos leitores fiéis desta coluna, aos diretores do Diário do Aço, Waldecy Castro e Valter Oliveira, aos nossos colegas da redação, pela confiança depositada em nosso trabalho desde janeiro/2012. Aos nossos apoiadores comerciais, - Escola Mayrink, Casa do Ruralista/Centro de Ipatinga, Laboratório Acil, Lano Bike -, nossa gratidão neste ano outra vez muito difícil pelos efeitos da covid-19.

Peço licença ao ex-craque e colunista da “Folha SP”, Tostão, para fazer minha as suas palavras: “O futebol no mundo deveria ser interrompido em alguns períodos para as pessoas refletirem, desconstruirem muitos de seus conceitos, perceberem as besteiras que disseram e que fizeram, para daí construírem novas maneiras de ver a vida e o futebol”. Prometemos retornar ainda mais motivados a partir de 18/01/22. Feliz Natal e um ano novo repleto de realizações para todos nós. (Fecha o pano!)
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