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19 de dezembro, de 2021 | 08:30

Vale do Aço quer saber o que pode esperar de Alexandre Silveira no Senado

Divulgação
Alexandre Silveira tem 51 anos, já passou pela Polícia Civil mineira, Dnit, ocupou cargos no governo de Minas Gerais e foi deputado federal por dois mandatos Alexandre Silveira tem 51 anos, já passou pela Polícia Civil mineira, Dnit, ocupou cargos no governo de Minas Gerais e foi deputado federal por dois mandatos

Com a ida do senador por Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSD-MG), para o Tribunal de Contas da União (TCU), o suplente Alexandre Silveira (PSD) assume o cargo no Senado. Aos 51 anos, o político que já passou pelo Vale do Aço como delegado de Polícia Civil e deputado federal, anuncia que, na vaga no Senado, tem compromisso com todo o estado e terá um olhar especial para com o Vale do Aço. A região, que clama por representatividade política em Brasília, vê na ascenção do parlamentar, a oportunidade para abrir portas no centro de comando em Brasília. Na entrevista ao Diário do Aço, Silveira detalha seus planos e fala da conjuntura nacional.


Diário do Aço - O Vale do Aço sofre, há alguns anos, sem representantes à altura, em Brasília. O que essa região pode esperar de Alexandre Silveira, com sua ida para o Senado?

Alexandre Silveira - Trabalho, trabalho e mais trabalho. Fui, com muito orgulho, deputado federal por dois mandatos, representando o povo do Vale do Aço. Tive a alegria de receber uma votação muito expressiva, estando sempre entre os parlamentares mais votados do Estado. Na Câmara, trabalhei com muita dedicação para dar continuidade ao trabalho que desempenhei à frente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para melhorar as condições das nossas estradas, em especial da BR-381 cuja duplicação e concessão estão muito próximas de ser concretizadas. Fui presidente da Comissão de Segurança Pública e combate ao Crime Organizado, lutando para assegurar a todos os mineiros melhores condições de segurança. À frente da Secretaria de Estado de Saúde também viabilizamos importantes conquistas para nossa região com muitos investimentos na área. O investimento nos atendimentos de urgência e emergência e ampliação do SAMU também foram marcos da nossa gestão na saúde. No Senado, como representante de Minas Gerais, o meu trabalho, evidentemente, será em favor de toda Minas Gerais. Mas sempre com um olhar muito especial para o meu querido Vale do Aço.


DA – O senhor ocupará nos próximos dias a vaga a ser deixada com a saída do senador Anastasia, mas já vive o clima na Casa Maior do Legislativo, pois atua como assessor do presidente, o que pôde perceber nesse trabalho até agora?

AS - O Senado nunca trabalhou tanto como na gestão do presidente Rodrigo Pacheco, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. Aliás, é dele a proposta que permitiu ao país importar outras vacinas contra a covid-19, o que permitiu a vacinação em massa, salvando milhares de vidas. Como presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo assumiu uma posição intransigente em defesa da democracia num momento crucial para o país. Para Minas Gerais, em especial, a eleição de Rodrigo Pacheco para a presidência do Senado significou o retorno do nosso estado ao centro das decisões. O senador é hoje uma das lideranças políticas mais respeitadas do país e passou a ser uma alternativa, com sua capacidade intelectual, equilíbrio, gosto pelo diálogo, para tirar o país da atual crise. Pudemos, ao longo deste ano, receber prefeitos, vices, vereadores e lideranças de Minas. Uma ação nunca vista. A presidência do Senado está de portas abertas e é com imensa alegria que desempenhei este trabalho.


DA – O senhor chega ao Senado no momento em que os bastidores da política estão fervilhando, com vista às eleições gerais de 2022. Qual deve ser a maior preocupação do senador neste momento?

AS - Por orientação do presidente Rodrigo Pacheco, em 2021, o Senado abriu suas portas para os municípios mineiros, algo inédito na história da nossa Câmara Alta. Como diretor jurídico do Senado, tive a satisfação de coordenar esse trabalho. Ao longo do ano, quase todos os 853 prefeitos mineiros passaram pela presidência do Senado e tiveram o nosso compromisso e ajuda em prol das demandas, especialmente para investimentos em saúde e infraestrutura. Ouvimos os prefeitos, que estão entre as principais lideranças políticas do interior, e sabemos quais são as principais carências das nossas cidades. Como senador, o municipalismo será uma das minhas principais bandeiras. As pessoas vivem é nas cidades. Portanto, elas é que precisam de mais apoio, tanto do governo federal como do estadual. Como senador, serei um defensor dos interesses dos municípios mineiros. Mas não vou esquecer também de outros temas muito importantes para Minas e para os mineiros, que são a saúde, a segurança e a infraestrutura. Dentro desta proposta de ouvir os mineiros, nosso objetivo é também continuar indo em todas as regiões do Estado para ouvir nossas lideranças.


DA – Não faltam reclamações acerca do cenário de crise institucional e os prejuízos que isso provoca. O senhor acredita que a próxima eleição deverá corrigir eventuais distorções em relação a essa situação?

AS - Uma das belezas da democracia é a possibilidade de alternância do poder. Alternância que é definida pelo eleitor, que é soberano para fazer suas escolhas. Na eleição de 2022 não será diferente. O eleitor brasileiro e o mineiro vão escolher o presidente, governadores, senadores, deputados estaduais e federais com base naquilo que julgarem ser as melhores opções para os Estados e para o País. Caberá aos escolhidos trabalhar muito para reduzir as desigualdades gritantes que envergonham o país, que é a décima maior economia do mundo, mas convive com cerca de 60 milhões de pessoas que vivem na condição de pobreza ou extrema pobreza. Trabalhar para fomentar o desenvolvimento que seja capaz de gerar mais emprego e renda e, assim, melhorar as condições de vida dos brasileiros.


DA – Na prática, o que o senhor acredita que precisa ser feito para resgatar valores republicanos que, inclusive, são valores que o senhor sempre pregou nas entrevistas dadas ao Diário do Aço ao longo do tempo em que está na política?

AS - Um dos princípios da República é o de que as pessoas são livres e iguais perante a lei. Definitivamente, não somos um país de iguais. Ao contrário, o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. Então, temos uma dívida social gigante para ser resgatada com milhões e milhões de brasileiros que vivem em condições degradantes. Como aceitar que 19 milhões de brasileiros sobrevivam com uma renda mensal de 100 reais, quando o botijão de gás está custando, em média, 130 reais, e um quilo de músculo 40 reais? Então, penso que esse é o principal desafio do país para que sejamos, de fato, uma verdadeira República. Reduzir essa vergonhosa desigualdade social.


DA – Algumas questões consideradas fundamentais para o Brasil estão à espera do Legislativo, como a reforma tributária, reforma política, reforma no pacto federativo, entre tantas outras. O que pensa sobre essas questões?

AS - São reformas fundamentais para que o país possa alcançar um novo patamar de desenvolvimento, tanto econômico como social. Essas reformas estão sendo adiadas, mas é preciso um esforço do Congresso Nacional para que, após um amplo diálogo com a sociedade civil, com empresários e lideranças políticas, elas saiam do papel. Como senador, vou trabalhar de forma intensa para que essas e outras reformas estejam na pauta do Congresso.


DA - Minas Gerais teve um protagonismo na política nacional. O senhor acredita que em 2022 nomes mineiros permanecerão no centro das decisões de retomada do país?

AS - Estou certo disso. Temos, hoje, um mineiro, o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional, que é um dos principais atores do processo eleitoral do próximo ano. Rodrigo Pacheco, que faz parte dos quadros do PSD, partido que tenho a honra de presidir em Minas, é pré-candidato à Presidência da República, lançado pelo presidente nacional da nossa legenda, Gilberto Kassab. E ele tem todas as condições, pela sua competência já demonstrada, pelo seu preparo intelectual, pela sua capacidade de diálogo, de ser um grande presidente da República do Brasil. E Minas, pelo seu peso político, pelo fato de ser o segundo maior colégio eleitoral do país, terá sempre um papel decisivo na definição os destinos do país.


DA - Trazendo agora para assuntos mais próximos. A BR-381 não passou de obras em dois dos dez lotes previstos e agora está à espera da concessão para ter a retomada da duplicação com recursos do pedágio. O que faltou depois que o senhor saiu do Dnit, para que essa obra virasse uma realidade, de BH a Valadares?

AS - Estou muito confiante e acredito que essa novela da duplicação da BR 381 está próxima do fim. Ao longo deste ano, fiz várias reuniões com o ministro Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, para falar da importância da duplicação dessa rodovia que, em Minas, infelizmente, tornou-se sinônimo de morte. O ministro entendeu a sua importância e decidiu conceder parte da rodovia, bem como da 262, para a iniciativa privada. O edital foi publicado e o leilão ocorreria em dezembro. Porém, devido a questões burocráticas, acabou sendo adiado. Mas creio que logo no início do próximo ano esse assunto já estará mais resolvido. Como senador, a BR 381 também será uma das minhas bandeiras prioritárias. Enquanto a BR não estiver toda duplicada, não iremos parar de cobrar resultados efetivos junto ao Governo. Continuarei acompanhando passo a passo até que todo processo se realize.


DA – Quando o senhor saiu do Dnit, o que foi deixado em termos de projeto para a duplicação da rodovia?

AS - Na ocasião, em 2004, mais precisamente, contratamos o projeto de viabilidade técnica, socioeconômica e ambiental para a duplicação da rodovia. Em 2007, no meu primeiro mandato de deputado federal, consegui incluir a obra de duplicação da rodovia no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que garantiu recursos para os projetos executivos e as obras de duplicação. Somente em 2013 o governo federal publicou novo edital de licitação das obras, dividindo a rodovia em 11 trechos. Apenas dois ficaram prontos, mas isso foi muito importante para essa nova etapa, que é a concessão da rodovia para a iniciativa privada. Estou certo de que a 381 deixará de ser a rodovia da morte para ser a rodovia do desenvolvimento, da vida.


DA – Senador, suas considerações finais

AS - Quero deixar uma mensagem de confiança e de esperança, já que estamos nos aproximando do Natal e da virada do ano. Vivemos um ano dificílimo por conta da pandemia da covid-19. Mas estamos conseguindo controlar a doença com a vacinação em massa e estou muito confiante de que, em 2022, poderemos retornar à normalidade para, com muito esforço, recuperar a economia, aumentar o número de empregos, melhorar a renda das pessoas e, como consequência, a qualidade de vida dos mineiros e brasileiros. É isso que espero. É nisso que acredito. E é para isso que irei trabalhar.
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Comentários

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Amadeu

20 de dezembro, 2021 | 07:58

“Bom dia.
Esperar o que..Olha o que ele fez com Robson Gomes....Esse ai não ganha aqui na região nem pra lider de bairro..esse ai é verdadeiro chupa voto...só lembra do povo em epoca de politica.
Fora Sil”

Alinhas

20 de dezembro, 2021 | 07:56

“Politico muito fraco e sem credibilidade no Vale do Aço, não vou nem cita em minas. Em 2022 não ganha nem em disputa de bolina de gude.”

Gildázio Garcia Vitor

20 de dezembro, 2021 | 07:41

“O futuro Senador vai tentar a reeleição em 2022 ou, como fez o Aécio, tentar a Câmara dos Deputados?”

Tião Aranha

20 de dezembro, 2021 | 05:44

“A missão de qualquer político desde a era socrática é só passar otimismo.”

Oliveira

19 de dezembro, 2021 | 21:00

“Nada.
Não ganha nem para síndico de praca. Pegou carona na chapa do Anastásia.”

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