CADERNO IPATINGA 2024

23 de dezembro, de 2021 | 09:00

IMA alerta que apenas 34% do rebanho alvo foi vacinado no Vale do Aço

Tiago Moreira/IMA
Animais vacinados devem receber marcação correspondente na faceAnimais vacinados devem receber marcação correspondente na face

Produtores mineiros que possuem no rebanho, fêmeas bovinas e bubalinas de 3 a 8 meses de idade, têm até o próximo 31 de dezembro para vacinar as bezerras contra brucelose (doença infectocontagiosa). A medida é obrigatória e deve ser cumprida todo ano, a cada semestre. Nos municípios que compõem o escritório do IMA no Vale do Aço, menos da metade do rebanho alvo foi vacinado e o órgão alerta para importância da imunização.

Segundo o chefe do Escritório Seccional de Ipatinga, Tiago Henrique Pena Moreira, de um total de 7.663 bezerras de 0 a 12 meses que constam no sistema, apenas 2.590 foram vacinadas contra brucelose. “Então nós temos até agora o índice de 34% vacinado, enquanto o índice satisfatório é de 80%. No sistema faltam 5.073 bezerras para serem vacinadas em 645 propriedade”, complementou.

IMA

A região do Escritório Seccional do IMA de Ipatinga é formada pelos municípios de Antônio Dias, Marliéria, Jaguaraçu, Timóteo, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Ipaba, Santana do Paraíso, Mesquita, Joanésia, Braúnas, Belo Oriente, Naque e Periquito.

Em Minas, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), supervisiona a vacinação seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose.

Proteção contra a doença

O IMA reforça que a vacinação contra brucelose deve ser rotina em todas as fazendas, independente do perfil produtivo. Seja nas propriedades leiteiras ou de corte, todas as bezerras precisam ser vacinadas para estarem protegidas contra a doença.

Como a imunização das bezerras é feita por meio de uma vacina viva atenuada, a atividade só pode ser realizada por médico veterinário cadastrado no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) ou por vacinador sob sua responsabilidade.

Tipos de vacina

Há dois tipos de vacina, a B19 e a RB51. A grande diferença entre as duas é a não interferência dos anticorpos vacinais no diagnóstico de brucelose quando se utiliza a RB51. Conforme dados do IMA, as fêmeas vacinadas com a B19 deverão ser marcadas no lado esquerdo da face com o algarismo final do ano da vacinação. Já as fêmeas vacinadas com a RB51 deverão ser marcadas no lado esquerdo da face com a letra V. Na prática, para as vacinações realizadas em 2021, a marca a ser utilizada nas bezerras é a do número 1, quando vacinadas com a B19.

A compra da vacina contra brucelose somente é permitida mediante da apresentação do receituário, emitido por médico veterinário cadastrado no PNCEBT, que fica retido no estabelecimento comercial. A vacina adquirida deve ser mantida entre dois e oito graus do momento da compra até a vacinação das fêmeas.

Declaração

A declaração da vacinação contra brucelose ao IMA é obrigatória de acordo com a legislação. Ao fim de cada semestre, o produtor tem até o 10º dia do mês subsequente para realizar a entrega dos atestados, ou seja, as vacinações realizadas no segundo semestre deverão ser comprovadas ao IMA até o dia 10 de janeiro.

O IMA recomenda que os atestados de vacinação contra brucelose sejam prontamente entregues (ou enviados por e-mail) ao escritório seccional, após a vacinação. O produtor que não vacinar contra brucelose é passível de ser multado no valor de 25 Ufemgs, o que equivale a R$ 98,60/bezerra, tendo como base o número de fêmeas de 0 a 12 meses da última declaração prestada ao IMA em ficha cadastral. Já o produtor que deixar de declarar a vacinação contra brucelose ao IMA está sujeito à multa em 5 Ufemgs, valor de R$ 19,72/bezerra.
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Comentários

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Gildázio Garcia Vitor

23 de dezembro, 2021 | 14:07

“Compreensível! Afinal, o "gado" é antivacina.”

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