30 de dezembro, de 2021 | 22:00

Justiça decreta prisão preventiva para suspeito no caso Daniela Cruz

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Moradora do bairro Pedra Branca, Daniela Cruz foi encontrada morta dia 28 e o companheiro dela é o suspeitoMoradora do bairro Pedra Branca, Daniela Cruz foi encontrada morta dia 28 e o companheiro dela é o suspeito

O caseiro Norberto Gomes da Costa, de 38 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta quinta-feira (30). Ele encontrava-se preso (temporariamente) desde a noite de terça-feira quando foi descoberto o corpo de Daniela Rodrigues da Cruz, de 35 anos, dada por desaparecida na noite de sábado passado. Norberto, que era o companheiro da mulher, é o suspeito da autoria do crime, apesar dele negar isso.

A decretação da prisão preventiva se deu durante a audiência de custódia, conforme apurou o jornal Diário do Aço. O advogado de defesa de Norberto pediu a liberdade do suspeito, pois ele havia sido autuado em flagrante na delegacia de Polícia Civil no crime de ocultação de cadáver. Contudo, devido a pena máxima de três anos de prisão, em caso de condenação por este crime, o advogado defendeu que ele poderá aguardar em liberdade a conclusão do inquérito.

Contudo, o Ministério Público, representado pelo promotor Cristiano da Costa Mata, reforçou o pedido do delegado Marcelo Franco Marino, que requereu que a prisão em flagrante de Norberto fosse convertida em preventiva.

O MPMG argumentou que, além do crime violento, que causou grande repercussão, o suspeito estaria com a intenção de fugir do Vale do Aço. Os policiais encontraram com o caseiro o comprovante da compra de uma passagem de ônibus no aplicativo Buser para embarque no mesmo dia em que foi descoberto o corpo de Daniela.

Já publicado:
-Asfixia por esganadura foi a causa da morte de Daniela Cruz, aponta a necropsia
-Mulher que estava desaparecida em Ipatinga é encontrada morta

Pedido acatado

O juiz plantonista, Mauro Simonassi, entendeu que a situação requer que o suspeito seja mantido preso até a conclusão das investigações, relaxou a prisão em flagrante, mas decretou em seguida a prisão preventiva de Norberto. Com isso, ele foi recolhido ao sistema prisional do Vale do Aço.

Daniela havia desaparecido no fim da noite de sábado (25), quando se encontrava na companhia de Norberto e três filhos pequenos dela em uma confraternização no sítio onde o caseiro trabalhava. Ele alegou que a mulher saiu durante a madrugada e desapareceu sem deixar rastro.

A situação mobilizou equipes da PM, Corpo de Bombeiros, amigos e familiares para tentar localizar a desaparecida na região de mata nas proximidades do distrito de Barra Alegre, em Ipatinga. A versão de Norberto era marcada por contradições sobre como se deu o sumiço da mulher.

Desconfiados, os policiais civis solicitaram que o suspeito prestasse depoimento sobre o caso. Quando ele estava na delegacia, o corpo de Daniela foi localizado na tarde de terça-feira (28), enterrado junto à uma pedra à margem da cachoeira do ribeirão Ipanema, na estrada de acesso para a comunidade de Ipaneminha.

O laudo do IML indicou que Daniela foi morta asfixiada por esganadura, ou seja, o autor matou a mulher apertando o pescoço dela com as mãos. Norberto nega a autoria do crime, mas foi autuado em flagrante por ocultação de cadáver e ainda indiciado pelo homicídio com a agravante de feminicídio.

Outra mulher continua desaparecida



O desaparecimento de Daniela aconteceu no mesmo período que outra mulher também sumiu e ainda não foi encontrada. Dleyce Sthefanne Santiago, de 24 anos, está desaparecida desde a tarde de sexta-feira (24) quando saiu de casa no bairro Santa Luzia, em Coronel Fabriciano.

Ela alegou que iria solicitar um mototaxista para ir até o banco, no Centro de Fabriciano, para sacar R$ 2 mil em uma agência do Banco Bradesco. Porém, até o fechamento dessa notícia, no fim da tarde de quinta-feira (30), não tinha retornado e nem tampouco tinha sido encontrada. A mãe dela procurou a Polícia Militar e a Polícia Civil para que o caso seja investigado.
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