27 de janeiro, de 2022 | 12:20

Imunização contra a febre aftosa fica abaixo da meta devido à falta de vacina

Divulgação
No Vale do Aço, a cobertura vacinal de bovinos e bubalinos alcançou o índice de 92,46%No Vale do Aço, a cobertura vacinal de bovinos e bubalinos alcançou o índice de 92,46%

A região do Vale do Aço alcançou índice de 92,46% de cobertura vacinal em bovinos e bubalinos de zero a 24 meses contra a febre aftosa. Foram 38.349 declarações feitas pelos produtores da região, correspondendo a 92,46%. Conforme dados do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a meta era 95%, mas devido à falta de vacina em alguns municípios, o índice ficou abaixo do esperado.

A campanha teve início em 1º de novembro de 2021 e foi prorrogada para 20 de dezembro do mesmo ano por causa de problemas na distribuição do imunizante pelas revendas e em razão do enfrentamento da pandemia de covid-19. Mais de 300 mil produtores rurais imunizaram 10,2 milhões de animais nos rebanhos mineiros em todo o Estado.

Tiago Henrique Pena Moreira, chefe do Escritório Seccional (ESEC) de Ipatinga, aponta que na região existem aproximadamente 110 mil bovinos cadastrados, 41.475 em idade vacinal na campanha novembro/2021, 38.349 foram declarados com a vacinação, correspondendo 92,46%. “O ideal é 95%, mas devido à falta de vacina em alguns municípios, o índice foi satisfatório. Coronel Fabriciano, Ipatinga, Jaguaraçu, Marliéria e Timóteo ficaram abaixo de 90%”, detalhou.

O ESEC de Ipatinga é composto por 14 municípios: Antônio Dias, Marliéria, Jaguaraçu, Timóteo, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Ipaba, Santana do Paraíso, Mesquita, Joanésia, Braúnas, Belo Oriente, Naque e Periquito.

Vacinação deve terminar em 2022
O IMA reforça que terá vacinação contra a febre aftosa em todo o Estado em 2022. Conforme o calendário oficial, as etapas acontecem em maio e novembro. Porém está previsto a retirada da vacinação contra a doença, já anunciada no ano passado, mas suspensa pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em razão da pandemia.

“Estamos com processo de retirada da vacinação, o para isso temos que manter os índices, manter os cadastros e rebanho atualizado, pois com a retirada da vacinação a abertura de mercado comercial é muito maior. A previsão era retirar em maio/2021, mas devido à pandemia atrasou tudo, a expectativa é retirar em 2023, mas ainda depende da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e os estados adequarem ao processo”, explica Tiago.

Entre os principais desafios de Minas Gerais está a finalização do georreferenciamento das propriedades rurais e o aumento no número de vigilâncias ativas e passivas, sendo esta última dependente do engajamento do produtor rural em notificar a suspeita da enfermidade.

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