06 de fevereiro, de 2022 | 07:00

Bala de prata

Fernando Rocha


Os olhos do torcedor atleticano estão voltados para o Mineirão, onde, neste domingo, 11h, o Galo defende a liderança do Campeonato Mineiro contra o modesto Patrocinense.

Não é o favoritismo absoluto que importa, mas sim as várias estreias que devem acontecer, pois o técnico Antonio “Turco” Mohamed anunciou que vai escalar o time titular para este início de temporada, visando ao jogo contra o Flamengo, no próximo dia 20, que valerá o título da Supercopa.

Keno e Allan, afastados por conta da covid-19, devem começar, além do zagueiro-capitão da seleção uruguaia, Diego Godín, o “Faraó”, que faz sua estreia com a camisa do Galo.

Godín, de 35 anos, oito temporadas como um dos maiores zagueiros da Europa vestindo a pesada camisa do Atlético de Madrid, duas Copas do Mundo como capitão da “celeste olímpica”, foi contratado para substituir o paraguaio Junior Alonso, negociado com o futebol russo, após uma passagem discreta pelo pequeno Cagliari, da Itália.

Godín pode se tornar de fato a “bala de prata” da diretoria, qualificando ainda mais a equipe que encantou o país na temporada passada, mas só saberemos após os confrontos contra os principais clubes nas competições nacionais e internacionais.

Na geladeira

A Federação Mineira de Futebol ao menos reconheceu que o trio de arbitragem errou em marcações na vitória do América por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, na última quarta-feira, no Mineirão.

Foi bizarra a atuação do trio comandado pelo assoprador de apito Ricardo Marques Ribeiro, “uzeiro e vezeiro” em lambanças com o apito pelo país afora, desta vez “ajudado” pelo auxiliar Marcyano da Silva Vicente, ambos afastados para um período de reciclagem, também conhecido por “geladeira”.

Só não foi completo o “mea culpa” da Federação Mineira de Futebol, por não reconhecer o equívoco de não ter implantado o VAR já nesta primeira fase do torneio estadual, o que teria eliminado essa polêmica da arbitragem.

Enquanto a dona Fifa já anuncia para o seu Mundial de Clubes, que terá o Palmeiras como representante do continente, o uso em caráter experimental de uma nova tecnologia capaz de substituir os auxiliares ou bandeirinhas nas laterais de campo, a Federação Mineira dá um tiro no pé, ao abolir o VAR e fazer economia perigosa e desnecessária.

FIM DE PAPO

A dona CBF divulgou, na semana passada, as tabelas iniciais das séries A e B do Campeonato Brasileiro, que começa no dia 9 de abril. O Cruzeiro não vai ter moleza no começo da disputa pelo acesso à Série A, pois vai pegar de cara um concorrente direto, o Bahia, em Salvador, depois recebe, no Mineirão, o perigoso Brusque, de Santa Catarina, e, em seguida, faz o confronto estadual contra o Tombense, partida que pode ser transferida para o Ipatingão. Se isto acontecer será excelente para o Cruzeiro, que conta com o apoio da sua enorme torcida na região.

Na minha infância, meu saudoso pai costuma justificar os castigos que às vezes me aplicava dizendo: “de pequenino é que se torce o pepino”. A frase popular aqui nos nossos grotões surgiu porque os agricultores de pepinos precisam de dar a melhor forma para a planta. Então, retiram uns "olhinhos" para que os pepinos se desenvolvam. Se não for feita essa pequena poda, os pepinos não crescem da melhor maneira, porque criam uma rama sem valor e adquirem um gosto desagradável. Na prática, o “Sô Zezé” passava a ideia de é necessário moldar as crianças para praticar o bem, o mais cedo possível.

Na fácil vitória do Galo sobre o Uberlândia por 4 x 0, no Parque do Sabiá, o jovem Echaporã, ainda cheirando a fralda no futebol, demonstrou excesso de egoísmo e prepotência, ao não deixar Ademir bater o pênalti, que ele mesmo havia sofrido. Não aceitou os apelos do capitão Igor Rabelo e de outros colegas de time, pegou a bola bateu e, certamente, por conta da ansiedade, errou a cobrança.

A maioria dos colegas da imprensa e torcedores nas redes sociais disseram que Echaporã teve “personalidade” de assumir a cobrança. Na nossa eterna mania de “vó” e “tia”, que passam pano e protegem quem deveria receber um bom puxão de orelhas. Alguém da comissão técnica deveria chamar o Echaporã no canto e, com a mesma frase famosa do ex-craque Romário, lhe perguntar: - Ô cara, tá chegando agora e já quer sentar na janela. (Fecha o pano!)
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