06 de fevereiro, de 2022 | 06:00

Um olhar para o Brasil

Luiz Flávio Arreguy Maia *


O público mundo afora anda recebendo informações bem desencontradas sobre o Brasil, resultado de um fenômeno que vem daqui mesmo. Por um lado, relatos de jornais e revistas há muito conhecidos como boas fontes, dão conta de um país "desgovernado" por um extremista de direita, obscurantista e retrógrado. Conhecido faz tempo o forte viés esquerdista que impera na grande imprensa, não surpreende.

Por outro, fatos "estranhos", trazidos por fontes alternativas, apresentam dados que colidem com a visão da imprensa formal. Colabora para o choque a crescente relevância das redes sociais, não só aqui como no mundo todo.
De repente, o olhar mediano se vê às voltas com cenários surpreendentes: cresce o protagonismo de um agronegócio moderno e próspero, que produz excedentes cada vez mais abundantes, arrimo da segurança alimentar de grandes populações, mais de 1,5 bilhão de pessoas, de outros continentes.

Espalha-se a constatação de que um establishment tradicionalmente corrupto e fisiológico não tem dado origem a casos de corrupção, nas mais altas esferas governamentais. Isso desde a cassação, pelo Congresso Nacional, do mandato da última governante eleita pela esquerda, em 2016.

Surpresa! Onde está o propalado extremismo? O que está ocorrendo na economia brasileira de fato? Por que crescem tanto os investimentos estrangeiros?

A perplexidade, discreta a partir de 2018/2019, não parou de crescer a partir de 2020, com a competente condução da economia na preservação dos empregos e proteção dos menos afortunados, durante a pandemia. Explodiu em 2021 com o surpreendente crescimento econômico (sugestivamente designado pelos economistas como retomada em V). Além de encolher apenas 4% em 2020, contrariando previsões de 9% e 10%, cresce acima de 5% em 2021. Como assim?!
Para observadores mais atentos e bem informados, há um evidente esforço para embaralhar os fatos, esforço de natureza política e de origem ideológica.

A boa novidade é que um gigante
adormecido acordou, e está
começando a fazer barulho...


Estas modestas notas têm o propósito de lançar alguma luz sobre zonas de penumbra e confusão, habitualmente construídas pelo campo revolucionário, criptocomunista, que vinha dominando o país, desde a vigência da Constituição de 1988.

Como veio a ocorrer tal virada, se tinham tão amplo domínio sobre as mais diversas áreas - economia, alguns setores da imprensa, universidades - aliado ao maciço apoio do resto do mundo? Lembram-se como um governante semianalfabeto, aliado da ditadura de Cuba e outras, recebia sucessivas doutorações "honoris causa", inclusive nos Estados Unidos da América? Como pôde esse jogo ser virado?

Nosso enfoque hoje tem o propósito de trazer esta boa notícia, que parecia muito improvável poucos anos atrás: o
Brasil mudou seu rumo, com uma guinada de 180 graus, consolidada no Ano Velho, terceiro do mandato em curso. E o quarto ano promete novas conquistas e aguda disputa eleitoral.

Na sequência, examinaremos fatores que originaram este acontecimento, tão relevante para a geopolítica mundial, e também porque e como se consolidou essa relevância; o que impulsiona este movimento e quais fatores podem vir a revertê-lo.

É curioso lembrar que o site Tradiction In Action (TIA) falava sobre este assunto em 2013. Memorável artigo do saudoso Manoel Fiuza, foi publicado em 23/8. Ele comentava para o público americano aquele momento específico, mas já delineava alguns aspectos que viriam a se mostrar extremamente clarividentes nos anos seguintes.

O principal dizia respeito ao forte sentimento conservador existente e crescendo nas camadas profundas da mentalidade dos brasileiros comuns, marcada pela benéfica e maternal influência da Igreja Católica. Também sublinhava que tal marca profunda não lograva aparecer no espectro político dominante, comprometendo de morte o bom conceito de uma verdadeira democracia. Este é o pano de fundo de nossa análise e a origem de nossa situação neste início de ano.

Para os que não conhecem, o Hino brasileiro menciona a grandeza do país, gigante, e o esplendor de sua natureza, deitado eternamente em berço esplêndido, originando ironias... A boa novidade é que um gigante adormecido acordou, e está começando a fazer barulho...

* Advogado e administrador, com longa experiência na gestão de organizações públicas e privatização de estatais

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Comentários

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Tião Aranha

07 de fevereiro, 2022 | 20:10

“A participação da mídia na polarização política é indireta, mas muito colaborou pro caos instalado de conflitos de poderes que aí estão. No livro Crônica de uma morte anunciada, Gabriel Garcia Marquez numa linguagem pública e espontânea frisa bem o papel representado pela figura do político da América Latina. Pelo menos no Agronegócio o presidente acertou. Risos.”

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